Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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As usinas hidrelétricas que deveriam aumentar a oferta de energia este ano estão com as obras atrasadas. O alerta é da Agência Nacional de Energia Elétrica. Das 23 usinas em construção, 19 apresentam atrasos em alguma fase das obras.
E, de novo, as projeções para o nível dos reservatórios pioraram. O que vai acontecer daqui para frente? Os técnicos têm feito diferentes projeções. O Operador Nacional do Sistema fez uma análise, usando o pior cenário possível, e estimou que os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste podem chegar a 15% de sua capacidade. Em 2001, quando houve racionamento, eles estavam com 33%.
Um cenário nada animador: o período de chuvas intensas está quase terminando e os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste continuam baixos: 35%.
Em uma reunião em Brasília, o Operador Nacional do Sistema Elétrico apresentou previsões para o período entre maio e novembro. No pior cenário previsto, os reservatórios do Sudeste e Centro Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia do país, podem chegar a novembro, no com 15% de sua capacidade máxima. Em novembro de 2001, ano do racionamento, eles estavam em 33%.
O especialista Luiz Pinguelli Rosa diz que para reduzir os impactos deste momento difícil que o país enfrenta no setor elétrico seriam necessárias chuvas acima da média nos próximos meses ou redução de consumo de energia. “A gente não sabe o que vai acontecer, mas isso inspira preocupação. Era aconselhável tomar medidas imediatas de estímulo a economizar energia nas empresas e nas famílias”, afirma.
Os especialistas também consideram preocupante o atraso nas obras do setor elétrico. O último relatório de acompanhamento da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica - aponta que 19 das 23 usinas em construção no país tiveram algum tipo de atraso e 10 nem saíram do papel. A maioria delas porque não conseguiu as licenças ambientais necessárias para começar o projeto.
A Aneel diz que acompanha a execução das obras e aplica advertência ou multa quando o atraso não é justificado. Mas informa que, em alguns casos, o descumprimento de prazos prejudica uma etapa do projeto mas pode ser compensado em outra fase. A expectativa é de que fiquem prontas usinas que vão gerar 2,2 mil megawatts ainda este ano.
Ninguém do Ministério de Minas e Energia quis gravar entrevista. Segundo a projeção do Operador Nacional do Sistema, para que os reservatórios chegassem em novembro a 40%, teria que chover acima da média histórica.
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