Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
No fim do dia, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. ainda tentou insistir na tecla de que uma alternativa à Medida Provisória 814, que viabilizava a privatização da companhia e perderá a validade sem ser votada. Mas o silêncio do governo durante o dia parece ter contribuído para que os investidores reiterassem a crença de que a operação pode não se concretizar. Os papéis da Eletrobras caíram 11,47% só ontem, após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dizer que a MP não será votada. No mês, a perda é de 16,26%, embora em 12 meses a ação ainda registre valorização (ver gráfico). No setor de energia reunido ontem em um evento no Rio, o clima também era de preocupação com a MP, que também previa em uma das emendas, uma solução para a questão do risco hidrológico.
Em Brasília, o governo ainda estuda incorporar os trechos relativos à venda das distribuidoras de energia da Eletrobras que constam da MP 814 no substitutivo do projeto de privatização da estatal, que está sendo relatado pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), segundo uma fonte informou ao Valor. O governo também vai repetir o texto da MP em um novo projeto de lei a ser enviado ao Congresso nos próximos dias.
A orientação passada aos técnicos do governo envolvidos na privatização das seis distribuidoras da Eletrobras e da própria holding estatal este ano, no entanto, é fazer contas sobre prejuízos bilionários para as empresas e construir novos cenários a partir da decisão tomada terça-feira pela Câmara dos Deputados e pelo Senado de deixar a Medida Provisória nº 814, de 2017, perder seu efeito em 1º de junho, ao fim do prazo de tramitação.
Fonte: Valor Econômico
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