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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Risco de faltar energia vai de ‘baixíssimo’ para ‘baixo’, diz governo

Risco de faltar energia vai de ‘baixíssimo’ para ‘baixo’, diz governo

Em: 13/03/2014 às 12:48h por G1

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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) divulgou nota nesta quarta-feira (12) em que avalia como “baixa” a probabilidade de ocorrerem dificuldades no fornecimento de energia em 2014 que podem levar a um novo racionamento. Em nota divulgada após a reunião anterior do grupo, ocorrida em 13 de fevereiro, esse risco era considerado “baixíssimo”.

“Portanto, a não ser que ocorra uma série de vazões pior do que as já registradas, evento de baixa probabilidade, não são visualizadas dificuldades no suprimento de energia elétrica no país em 2014”, diz a nota do CMSE. O documento foi lido pelo secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.

Questionado pela imprensa sobre o significado da mudança, de baixíssimo para baixo, nas avaliações feitas pelo comitê, Grüdtner se negou a fazer comentários e disse que se ateria apenas à leitura da nota.

Pior nível desde 2001
Devido à falta de chuvas, os reservatórios das hidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste registram, desde fevereiro, o mais baixo nível de armazenamento de água desde 2001, ano em que foi decretado racionamento de energia. O problema ocorre justamente no verão, quando essas represas deveriam encher.

A preocupação é maior com a situação do sistema Sudeste e Centro-Oeste por que os lagos que ficam naquelas regiões respondem por cerca de 70% da capacidade do país de gerar energia.

Na semana passada, representantes de 15 associações do setor elétrico entregaram uma carta ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em que classificam como “delicada” a situação dos principais reservatórios de hidrelétricas do país. No documento, eles pedem para as entidades serem ouvidas pelo governo nas discussões sobre medidas a serem adotadas para enfrentar o problema.

O governo tem minimizado a gravidade da situação. Entretanto, o ministro Edison Lobão, que já havia dito que o risco de faltar energia no país era “zero”, mais recentemente mudou o tom do discurso e admitiu que essa possibilidade existe, mas é mínima.