Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O crescimento econômico do Paraguai, que está elevando em quase 10% ao ano a demanda por energia elétrica no país, poderá acelerar a redução da oferta para o lado brasileiro da Itaipu Binacional.
"Com essa expansão do consumo de energia, estimamos que entre 2027 e 2030 o Paraguai vai usar toda a oferta que lhe corresponde na Itaipu Binacional", diz o presidente da Administración Nacional de Eletricidad (Ande), Víctor Raúl Solís, empresa responsável pela participação do Paraguai em Itaipu.
Ao contrário do Brasil, que passou por uma crise econômica prolongada, o Paraguai registra forte expansão econômica. Segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o Produto Interno Bruto (PIB) do país vizinho vem avançando: em 2015 a nação cresceu 3% e, em 2016, 4,1%. Adicionalmente, a inflação está controlada e, a taxa de desemprego, baixa.
Boa parte desse crescimento vem da expansão industrial, em ambiente favorável para os investimentos, sobretudo de empresas que estavam instaladas no Brasil. Além disso, o preço menor da energia em relação à cotação brasileira fez acelerar a migração das indústrias.
O problema da rápida expansão do Paraguai está na redução da oferta de energia excedente gerada por Itaipu ao Brasil. Pelo tratado de construção da usina, cada país tem direito a 50% da energia gerada. Enquanto a economia paraguaia era menor, grande parte da sua produção excedente era vendida a um preço de custo ao Brasil. Mesmo com um menor envio nos últimos anos, 25,2% da exportação paraguaia ainda é de eletricidade.
Valores
O diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional, Luiz Fernando Vianna, ressalta que a energia chega ao Brasil a um valor altamente competitivo, com a produção da usina correspondendo a cerca de 15% do consumo brasileiro, enquanto outros 7,5% são fornecidos pela oferta excedente paraguaia. Já ao país vizinho, Itaipu representa quase 90% do consumo.
Fonte: DCI
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