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Baixos investimentos em energia limpa comprometerão meta para mudança climática

Baixos investimentos em energia limpa comprometerão meta para mudança

Em: 13/11/2017 às 09:31h por

Dois anos após a assinatura do Acordo de Paris e oito após o Acordo de Copenhague, tanto os países ricos quanto os pobres estão deixando de cumprir os compromissos assumidos para combater a mudança climática por meio de investimentos em energia limpa, conclui um estudo realizado pela empresa de pesquisa Bloomberg New Energy Finance (BNEF), integrante do grupo de mídia Bloomberg. O documento foi divulgado simultaneamente, no último dia 06 de novembro, em Londres, Washington e São Paulo.

Os novos investimentos em energia limpa realizados em países não membros da OCDE caíram US$ 40,2 bilhões de 2015 a 2016, diminuindo de US$ 151,6 bilhões para US$ 111,4 bilhões.
Embora a China seja responsável por três quartos dessa redução, os novos investimentos em energia limpa nos demais países não membros da OCDE também caíram 25% em relação aos níveis de 2015. Esses dados foram coletados como parte do Climatescope, um projeto anual da BNEF, que enfoca a atividade ligada a energia limpa em países em desenvolvimento.

Além da queda observada no período 2015-2016, a tendência em longo prazo também é potencialmente desconcertante para os formuladores de políticas públicas.
Mundialmente, o número de países não membros da OCDE cujo financiamento de ativos de energia limpa é igual ou superior a US$ 100 milhões ao ano – aproximadamente o custo de uma grande usina de energia solar fotovoltaica ou eólica onshore – está estagnado desde 2010 em aproximadamente 27.

Na histórica Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP, na sigla em inglês) realizada em Copenhague em dezembro de 2009, as nações mais ricas do mundo se comprometeram a disponibilizar US$ 100 bilhões ao ano às nações menos desenvolvidas para investimentos voltados à gestão dos impactos da mudança climática. Essa cifra deveria incluir todas as formas de investimentos relacionados ao clima.
Com base nos totais calculados pela BNEF no Climatescope, há poucos indícios de que o financiamento de energia limpa contribuirá de forma relevante para garantir a conquista da meta principal.

Fonte: Amnbiente Energia