Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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Manaus - O consumo residencial de energia elétrica do Amazonas cresceu 23,5% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto a média nacional foi de apenas 8%. De acordo com o relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal que atua no planejamento do setor, o aumento é decorrente de medidas de combate às perdas provocadas pelos ‘gatos’ executadas pela Eletrobras Amazonas Energia.
Também como resultado deste processo, só naquele mês o número de unidades consumidoras no Estado teve incremento de 6,6%.
Desde o início de 2013, a concessionária de energia elétrica vem realizando diversas ações de fiscalização e combate ao furto de energia. Em uma única ação, realizada no Centro de Manaus em agosto, foram encontradas 237 irregularidades. Segundo o ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Amazonas é o Estado campeão do País em número de perdas comerciais. Os ‘gatos’ causam um prejuízo anual de aproximadamente R$ 400 milhões à distribuidora.
Com a identificação de ligações irregulares e a consequente multa, cresceu também o número de unidades que foram forçadas a se regularizar. Isso resultou em um aumento de 6,6% na base de unidades consumidoras residenciais cadastradas, segundo relatório da EPE. A base de consumidores deste segmento era de 660.929, em janeiro do ano passado, segundo informações da Amazonas Energia.
A Eletrobras Amazonas Energia foi procurada pela reportagem para comentar a pesquisa, mas não respondeu até o fechamento desta edição.
As altas temperaturas nas regiões Sul e Sudeste, que vêm atingindo picos recordes neste verão, foram o principal motivo para o aumento do consumo residencial de energia no País, segundo a EPE.
Por causa do crescimento no uso de condicionadores de ar, o consumo nas residências brasileiras cresceu 7,9% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2013. Dos 866 gigawatts-hora (GWh) consumidos a mais no mês, 257 GWh foram na Região Sul, uma das mais afetadas pela onda de calor.
Segundo a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Abrava), as vendas dos tipos split e janela, usados em residências, escritórios e pequenos comércios, de 2010 a 2013, ultrapassou o total vendido na primeira década do milênio, chegando a uma estimativa de 30 milhões de aparelhos no País.
De acordo com a EPE, o consumo desses equipamentos chega a 4.684 GWh, o que equivale a 25% a 30% do consumo de energia elétrica nas classes residencial e comercial ou de 10% a 12% do consumo total do País. O nível de consumo equivale, por exemplo, a toda energia utilizada por Minas Gerais em um mês.
Apesar de a notícia trazer preocupação para setor energético, o verão deste ano só trouxe alegria para a indústria local.
“Nosso País tem isso, estações não muito definidas, o que faz com que a cadeia econômica se movimente de acordo com a demanda do conforto do consumidor”, disse o presidente do Cieam, Wilson Périco.
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