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Vale estuda se unir à Cemig no leilão das usinas da estatal

Vale estuda se unir à Cemig no leilão das usinas da estatal

Em: 13/09/2017 às 13:11h por

A Vale informou ontem que avalia participar, junto com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do leilão para a concessão de quatro usinas hidrelétricas operadas atualmente pela estatal mineira. A mineradora pode entrar, ainda, no acordo que a Cemig tenta costurar com o governo para continuar com as usinas. O governo federal espera arrecadar ao menos R$ 11 bilhões com a concorrência. A participação da empresa, se confirmada, ocorreria por meio da Aliança Energia, uma joint venture entre Vale e Cemig na área de geração de eletricidade. A mineradora afirmou que uma decisão sobre o investimento ainda não foi tomada e levará em conta o “foco estratégico” da empresa.

“A Vale tem como um dos seus pilares estratégicos a redução sustentável de custos e, como parte disso, a autossuficiência energética.Sendo assim, uma das alternativas para atingirmos esse objetivo poderia ser através da participação da Aliança no leilão ou acordo judicial que a Cemig negocia com o governo federal, desde que respeitado o foco estratégico da Vale. Porém, isso ainda está sendo estudado e não há qualquer decisão a respeito”, informou a mineradora.

Estrangeiras têm interesse
 
Marcado para o próximo dia 27, o leilão está atualmente suspenso pela Justiça de Brasília. O governo já recorreu para tentar destravar o certame. A União quer oferecer a concessão das hidrelétricas de São Simão (R$ 6,74 bilhões), Jaguara (R$ 1,9 bilhão), Miranda (R$ 1,1 bilhão) e Volta Grande (R$ 1,29 bilhão) por 30 anos. Juntas, as quatro usinas têm capacidade para gerar 2,9 gigawatts de eletricidade, o equivalente a quase a metade do parque gerador da estatal mineira.

Além da Vale, estão entre investidores que já demonstraram interesse nas hidrelétricas e estudam participar do leilão a chinesa State Power Investment Corporation (Spic), a francesa Engie, a brasileira Alupar e a italiana Enel.

A concessão das hidrelétricas é alvo de uma disputa jurídica entre o governo e a estatal mineira. A Cemig argumenta que os contratos de três dessas usinas preveem a renovação automática das concessões. O governo, por outro lado, afirma que a empresa se recusou a renovar as concessões com base em critérios definidos por uma lei de 2013 e que cabe à União decidir se prorroga ou não os contratos.

Fonte: O Globo