Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Cemat pede alta de 9,4%

Cemat pede alta de 9,4%

Em: 03/04/2012 às 10:40h por A Gazeta

img

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decide hoje (3) se autoriza reajuste de 9,4% na tarifa de energia solicitada pela Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat). Valor é alterado (para mais ou para menos) todos os anos e entra em vigor no dia 8 de abril, aniversário de Cuiabá. Distribuidora local sustenta, porém, que o impacto médio estimado para os 1,1 milhão de consumidores no Estado será de 2,84%.

Além disso, a taxa deve variar conforme a classe de consumo. "Aumento vai acontecer", lamenta Gustavo de Oliveira, presidente do Conselho Tributário da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), ao afirmar que a população será penalizada pelos investimentos no Estado e melhoria da abrangência e do serviço prestado pela concessionária. No entanto, espera-se que a Aneel autorize um reajuste menor do que o pedido pela Cemat que foi muito acima da inflação do período. Base de cálculo da agência leva em consideração a compra e o transporte de energia, encargos no setor e variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) dos últimos 12 meses.

Custo da energia em Mato Grosso já é uma das mais caras do país por causa da carga tributária. A Fiemt está fazendo levantamento comparativo dos últimos 5 anos no país para saber como se comportou o mercado. Se os índices regionais apontarem números negativos, o setor vai pedir ao governo vantagens tributárias para compensar a perda de competitividade da indústria local.

Já o comércio busca outra saída para evitar o repasse desse aumento ao consumidor. Derli Locatelli, gerente geral da rede Compre Mais, lembra que já trabalhou em anos anteriores com geradores de energia no horário de pico. Medida pode voltar a ser tomada se o valor do óleo diesel pesar menos no custo da empresa.

Sem alternativa, o casal de professores da rede estadual de ensino, Paulo Zeferino da Rosa, 46, e Ivelize Provenzono, 37, sabem onde cortar as despesas: na alimentação. Da renda mensal de R$ 2,5 mil, R$ 150 são para a conta de energia. Aposentada Maurina de Amorim, 52, reclama que o preço deveria até diminuir. Apesar das quedas de energia não serem mais constantes, elas continuam acontecendo no bairro onde mora na Capital, o Dom Aquino.

Histórico - Em 2011 a Aneel concedeu aumento de 12,89% na tarifa de energia. No ano anterior a concessionária pediu 9,92% de aumento e agência determinou queda de 2,55%. Sobre o pedido atual, a Cemat vai aguardar a decisão do órgão para se pronunciar.