Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A Equatorial Energia vai analisar oportunidades de aquisições nas áreas de geração, transmissão e distribuição, entre os ativos do setor que estão sendo colocados à venda no mercado ou serão leiloados neste segundo semestre. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Eduardo Haiama, o setor de distribuição continuará sendo o "core business" (negócio principal) do grupo, que já possui duas distribuidoras (Cemar, no Maranhão, e Celpa, no Pará) e o segmento de transmissão entrou no "DNA" da companhia, que arrematou oito projetos do tipo em leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde o ano passado.
"Certamente estaremos analisando oportunidades", afirmou o executivo, durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da Equatorial no segundo trimestre, um lucro de R$ 127 milhões, com queda de 28,9% ante igual período de 2016.
Forte candidata na disputa pelas distribuidoras no Norte e Nordeste que a Eletrobras pretende privatizar até o fim do ano, a Equatorial, que se destaca pela recuperação operacional e financeira de Cemar e Celpa, é competitiva em relação a outras companhias no segmento, frisou Haiama. Com relação à transmissão, ele disse que a empresa vai "olhar todas as oportunidades com bastante afinco".
A Equatorial fechou o segundo trimestre com R$ 2,5 bilhões em caixa e uma relação dívida líquida/Ebitda de apenas 1,7. Outro dado relevante do resultado é que a Celpa alcançou a meta regulatória de perdas totais de energia, determinada pela Aneel, de 26,8%, pela primeira vez desde que foi adquirida pela companhia em 2012.
O mercado reagiu positivamente ao resultado. As ações da Equatorial fecharam o pregão da B3 com alta de 4,4%, a R$ 60,57.
Segundo o Goldman Sachs, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de R$ 395,9 milhões ficou acima do esperado. O BTG Pactual também destacou a melhoria do resultado da empresa, que em sua visão, aconteceu mais rapidamente do que o esperado. A expectativa do banco para o lucro líquido, por exemplo, era de R$ 84 milhões.
Para o Brasil Plural, as receitas líquidas de Cemar e Celpa, de R$ 830 milhões (alta de 18,6%) e R$ 1,247 bilhão (alta de 24,5%), respectivamente, superaram estimativas do banco, que destacou ainda que o consumo de energia nas duas concessionárias apresenta recuperação ante o primeiro trimestre.
Fonte: Valor Econômico
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