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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Queda de preço reduz impacto do GSF a R$ 13 bi

Queda de preço reduz impacto do GSF a R$ 13 bi

Em: 04/07/2017 às 13:46h por

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) voltou a reduzir a estimativa de impacto previsto para o déficit de geração hídrica (medido pelo fator GSF, na sigla em inglês) para R$ 13,1 bilhões neste ano, sendo R$ 9,3 bilhões no ambiente de contratação regulado (das distribuidoras de energia) e R$ 3,8 bilhões na negociação livre.

A projeção representa um impacto negativo inferior ao previsto pela CCEE em junho, de um impacto negativo de R$ 20,9 bilhões, sendo R$ 14,2 bilhões no mercado regulado e R$ 6,7 bilhões no mercado livre.

A mudança se deu pela redução do preço de liquidação das diferenças (PLD, preço referência das negociações no mercado livre de energia) previsto para este ano. A CCEE prevê um PLD médio de R$ 189 por megawatt-hora (MWh) no submercado Sudeste/Centro-Oeste, o maior do país.

Em junho, a expectativa era de um PLD médio de R$ 263 o MWh para o ano nessa região. As informações constam na apresentação do boletim InfoPLD, feita ontem pela CCEE.

Nesta primeira semana de julho, o PLD de todo o país foi fixado em R$ 233,32 o MWh, acima dos preços médios de junho. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, o PLD médio do mês passado foi de R$ 124,70 o MWh.

Segundo a CCEE, o PLD deve ficar na faixa de R$ 150 o MWh a R$ 200 o MWh até outubro deste ano, antes de ter uma ligeira queda entre novembro e dezembro, quando volta o período chuvoso do ano. A expectativa é de que o preço volte a crescer a partir de janeiro do ano que vem, para em torno de R$ 200 o MWh.

O déficit hídrico previsto para o ano é de 14,3%. A previsão do impacto financeiro do GSF leva em conta esse percentual e o PLD esperado para o período.

O GSF se torna um problema para as companhias hidrelétricas quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduz o despacho das usinas para preservar os níveis dos reservatórios, como resposta à crise hídrica.

Fonte: Valor Econômico