Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Empresas de energia elétrica pedem o fim de uma norma da Aneel que obriga a revisão, após dois meses, de um índice importante para a formação de preços no setor. Isso os obriga a rever contratos depois desse tempo.
O PLD (preço de liquidação de diferenças) é divulgado pela CCEE semanalmente. Depois de cerca de 50 dias, a Aneel republica os valores, com eventuais revisões.
Se a agência faz um cálculo que difere em mais de 10%, contratos têm que ser refeitos.
A Aneel tem uma proposta, em fase de consulta pública, para que só haja revisão se o erro exceder 30%.
A primeira audiência sobre o tema ocorreu na quinta (29).
A maioria das comercializadoras quer acabar com a revisão, segundo Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel (associação do setor).
"Há aumentos nos contratos de energia porque embute-se o risco da revisão."
Cálculo da Thymos, consultoria contratada pela Abraceel, aponta que o valor negociado pelo MWh é R$ 14,8 mais caro por causa do risco de os negócios serem alterados posteriormente.
"De novembro para cá, isso aconteceu muito e induziu a uma leitura que é preciso acabar com esse sistema", afirma João Carlos Mello, diretor da consultoria.
A CCEE, que calcula o PLD semanalmente, aponta que em 26 ocasiões houve erros no preço, 24 de origem nos dados, como demanda de distribuidoras, nível de reservas e outras informações.
Fonte: Folha de S. Paulo
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