Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Bandeira amarela pode voltar à tarifa em julho

Bandeira amarela pode voltar à tarifa em julho

Em: 30/06/2017 às 14:04h por

O baixo volume de chuvas registrado nas últimas semanas, combinado à projeção de uma hidrologia abaixo da média para julho, deve motivar a alta dos preços de energia no mercado à vista, podendo levar ao despacho da bandeira tarifária amarela, no lugar da verde, vigente em junho.

Projeções de comercializadoras reunidas pelo Valor indicam que o preço de liquidação das diferenças (PLD, preço referência das operações do mercado de curto prazo) deve ficar entre R$ 220 por megawatt-hora (MWh) e R$ 250/MWh, no limite entre a bandeira verde e a amarela.

A bandeira amarela, que representa acréscimo de R$ 2,00 a cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos, é acionada quando o custo variável unitário (CVU) da termelétrica mais cara despachada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico fica entre R$ 211,28 e R$ 422,56 por megawatt-hora (MWh).

Em abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia acionado o patamar 1 da bandeira vermelha, com acréscimo de R$ 3,00 a cada 100 KWh consumidos, refletindo o baixo volume de chuvas e a necessidade de despacho de termelétricas para suprir o consumo de energia. No fim de maio, o forte volume de chuvas distorceu os preços de energia, que baixaram de um patamar de R$ 400/MWh para a faixa de R$ 100/MWh, mesmo sem uma recuperação significativa dos reservatórios das hidrelétricas.

Segundo a consultoria Thymos Energia, a falta de chuvas nos últimos dias de junho nas regiões Sul e Sudeste reduziu consideravelmente o volume de água disponível para geração hidrelétrica nessas localidades, o que deve causar a mudança para bandeira amarela. "O que explica todo o comportamento de preços é o regime hidrológico", afirmou Gustavo Arfux, sócio-diretor do Grupo Compass. Ele lembra que em maio houve um pico de chuvas que influenciou a primeira quinzena de junho, o que justificou a queda dos preços de energia.

Agora, a situação é inversa. "Agosto tende a ter preços mais altos do que julho", disse o executivo, explicando que as primeiras projeções de preços para agosto estão dentro dos limites da bandeira amarela.

Fonte: Valor Econômico