Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Autoridades brasileiras têm enfrentado a difícil tarefa de dizer "não" a investidores globais ávidos por colocar bilhões de dólares em projetos de energia renovável no país mesmo em meio a uma enorme recessão.
Principal mercado para renováveis na América Latina e um dos maiores do mundo, o Brasil sofre enorme pressão da indústria de energia para contratar novas usinas eólicas e solares, o que não acontece desde 2015.
Mas uma sobrecapacidade de geração e custos adicionais para tarifa decorrentes de eventuais novas contratações de usinas geradoras exigem cautela, dizem especialistas do setor elétrico e autoridades.
O governo pretende primeiro "arrumar a casa" antes de retomar as contratações, o que tem passado pela criação de novas regulamentações que permitem cancelar projetos problemáticos que não saíram do papel nos últimos anos e por estudos para uma revisão da regulamentação do setor.
"Por mais que a gente seja tentado, não podemos escolher um segmento e dizer que ele está isolado da crise do país e que lhe daremos o que ninguém tem, uma demanda garantida... por mais que seja justificável, meu papel tem sido, no âmbito técnico, dizer não", disse o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa.
Fonte: Reuters
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