Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Projeto analisa igualdade de uso do gás natural e eletricidade para redução de vulnerabilidade energética

Projeto analisa igualdade de uso do gás natural e eletricidade para re

Em: 04/05/2017 às 13:54h por

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Pesquisadores do RCGI – Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (Centro de Pesquisa em Inovação em Gás) elaboraram um inédito Mapa de Vulnerabilidade Energética para Áreas Residenciais de São Paulo, que mostra quais são as áreas mais ou menos propensas a sofrerem cortes no fornecimento de energia elétrica, categorizando-as em quatro classes com relação à vulnerabilidade: muito alta, alta, média e baixa. Paralelamente, simularam um cenário em que as residências seriam servidas por gás e eletricidade em igual proporção. E compararam os resultados.

“Ao projetar esse cenário concluímos que o uso de gás e eletricidade, de forma complementar, diminuiria em 11% a vulnerabilidade energética das residências paulistanas”, afirma o coordenador da pesquisa, o geógrafo Luís Antonio Bittar Venturi. As áreas de vulnerabilidade muito alta, que no mapa representam 20,4% de todas as áreas residenciais mapeadas, no cenário de uso equitativo entre eletricidade e gás diminuem para 7%. Do mesmo modo, as áreas de vulnerabilidade alta diminuem de 37% para 28,5%. Por outro lado, áreas de vulnerabilidade média aumentam de 31,9% para 39,4% e, finalmente, as áreas de vulnerabilidade baixa aumentam de 10,7 para 25,1%.

“O aumento do uso do gás tornaria as residências muito menos vulneráveis energeticamente, pois, havendo complementaridade entre duas fontes, na falta de uma haveria outra que asseguraria, ao menos, metade das funções domésticas que necessitam de energia.”

Ricos e pobres – De acordo com Venturi, na situação atual é possível identificar uma tendência de aumento da vulnerabilidade a partir do centro para o centro expandido, e daí para as regiões periféricas. Outra conclusão: a variação da vulnerabilidade não se relaciona diretamente com o nível socioeconômico dos distritos (maior ou menor demanda de energia), podendo haver áreas de alta ou muito alta vulnerabilidade tanto em distritos mais ricos (Alto de Pinheiros, Campo Belo e Morumbi) como naqueles de padrão socioeconômico mais baixo (São Mateus e Ermelino Matarazzo).

Fonte: Ambiente