Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Crédito privado libera projetos para importar equipamentos

Crédito privado libera projetos para importar equipamentos

Em: 19/04/2017 às 14:04h por

A melhora do cenário macroeconômico e das condições dos leilões de linhas de transmissão, como rentabilidade e cronograma dos projetos, deve favorecer a contratação de financiamento dos empreendimentos, na avaliação do coordenador do grupo de estudos do setor elétrico (Gesel/UFRJ), professor Nivalde de Castro. Segundo ele, porém, com a movimentação dos investidores em busca de outras alternativas de empréstimos, além do BNDES, aumenta o risco de importação de equipamentos, já que não haverá mais a taxa subsidiada para compra de produtos locais.

"O efeito perverso do aumento do custo do financiamento vai ser sobre a cadeia produtiva", afirma.

O diretor de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (GTD) da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Newton Duarte, reconhece o risco de aumento de importação de equipamentos, porém ele considera ser pouco provável que investidores optem por essa alternativa devido ao risco de volatilidade cambial e do custo de hedge, que pode comprometer a taxa de retorno do projeto, em um leilão extremamente competitivo.

"Na medida em que o BNDES só proporcionará financiamentos a valores de mercado, se o investidor conseguir outros recursos que não o obrigue a comprar no mercado brasileiro, em tese ele estará livre para comprar em outro lugar. Acho pouco provável que investidores que tenham receita em reais de investimentos em transmissão busquem recursos em moeda estrangeira", diz Duarte.

Alexandre Schmidt, diretor da Brametal, maior fabricante de torres para linhas de transmissão do país, também avalia ser pouco provável que investidores busquem produtos importados devido ao custo logístico e ao risco de o atraso na entrega afetar o cumprimento do cronograma do projeto firmado com o regulador.

Fonte: Valor Econômico