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Votorantim põe R$ 1 bilhão em eólica

Votorantim põe R$ 1 bilhão em eólica

Em: 06/04/2017 às 14:13h por

O grupo Votorantim, que vai completar 100 anos de fundação em 2018, vai destinar um terço de seus investimentos programados para este ano em seu mais novo negócio - a geração de energia eólica. Cerca de R$ 1 bilhão está orçado no plano do conglomerado, disse em entrevista ao Valor João Miranda, presidente da Votorantim S.A.

No todo, a companhia prevê repetir o mesmo valor de desembolso do ano passado - R$ 3 bilhões - nas suas operações no Brasil e no exterior. Esse valor ficou pouco abaixo dos R$ 3,2 bilhões de 2015. Até agora, o negócio de cimento vinha abocanhando a maior fatia de recursos em expansão e novos projetos.

"Apesar da crise vicenciada pelo Brasil nos últimos dois anos, decidimos não reverter nenhum investimento em curso", afirmou Miranda. Daqui para frente, ele disse esperar contenção da retração econômica e o começo da inflexão, principalmente a partir das reformas encaminhadas pelo governo federal. A perspectiva é que a maior confiança, decorrente dessas mudanças estruturais e do controle da inflação, se traduza em recuperação até o fim de 2017.

O projeto de energia eólica - Ventos do Piauí -, está previsto para entrar em operação no primeiro trimestre do próximo ano. Foi lançado em outubro de 2015 e calcula desembolso total de R$ 1,2 bilhão na primeira fase - sete parques eólicos no Estado do Piauí. Nessa etapa, a previsão é alcançar potência instalada de geração der 206 megawatts (MW).

Cerca de 90% da energia a ser gerada já esta com sua venda garantida no mercado regulado. Na mesma região, dois outros parques eólicos de porte similar estão na mira da Votorantim Energia, dentro da estratégia de ser um player de peso nesse negócio e já estuda projetos de solar.

Com expertise de décadas na geração hídrica, basicamente para consumo cativo, com a nova frente de negócio, disse Miranda, a companhia fica atrativa para potenciais sócios. Segundo ele, a estrutura já está montada para um investidor privado e até para abertura do capital da VE. "A família [Ermírio de Moraes] convive bem com sócios. Vide a Fibria (celulose), Citrosuco (suco de laranja) e banco", destacou o diretor financeiro, Sérgio Malacrida.

Fonte: Valor Econômico