Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Em 2015, as perdas comerciais (sinônimo de furto de energia, também chamadas de “perdas não técnicas” e de “gatos”) das 59 principais distribuidoras de eletricidade do país foram da ordem de 5% da energia injetada nas redes de distribuição. Esse número pode parecer “baixo”, mas em um ano ele corresponde a mais de 15 milhões de megawatts-hora (MWh), o equivalente ao consumo de todo os consumidores do estado de Santa Catarina. Quando se multiplica esse montante pela tarifa média de eletricidade, incluindo os tributos (R$ 546/MWh), obtém-se a perda de receita anual ocasionada pelas perdas comerciais: mais de R$ 8 bilhões.
Como referência, o orçamento para o programa social Bolsa Família em 2015 foi de R$ 26,9 bilhões. Portanto, o furto e a fraude de energia representaram mais de três meses e meio (ou 30,4%) do que foi destinado ao Bolsa Família. Esse valor também supera os R$ 6,2 bilhões de baixas contábeis da Petrobras por pagamentos indevidos identificados na Operação Lava Jato, que causaram indignação geral da população.
Apesar de significar um valor maior, a mesma indignação não é constatada com o furto de eletricidade.
A grande maioria das distribuidoras de energia elétrica combate os furtos e fraudes. Só no primeiro semestre de 2016, a Light, distribuidora fluminense, realizou mais de 100 mil inspeções, que resultaram na identificação de 41 mil fraudes, 147 registros de ocorrência e 33 prisões em flagrante. Apesar dos esforços e dos milhões de reais investidos pelas distribuidoras no combate dessas práticas nos últimos anos, o problema permanece.
Fonte: Canal Energia
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