Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Itaipu quer iniciar discussões sobre operação após 2023

Itaipu quer iniciar discussões sobre operação após 2023

Em: 16/03/2017 às 14:05h por

O novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, empresa responsável pela hidrelétrica de Itaipu, Luiz Fernando Vianna, quer iniciar as discussões sobre os modelos de comercialização de energia e operação da usina após 2023. Naquele ano está previsto o término do Tratado de Itaipu, arcabouço legal que rege todas as questões da segunda maior hidrelétrica do mundo, com 14 mil megawatts (MW) de capacidade, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (22,5 mil MW). A definição do modelo comercial é fundamental para o Brasil, que utiliza hoje o volume de energia produzido e não consumido pela parte paraguaia da usina.

"Pelo Tratado, hoje, o excedente da energia [da parte paraguaia] de Itaipu é consumido pelo Brasil. Ele é importante para suprir o sistema elétrico nacional. Como fica isso para depois de 2023, é uma coisa que tem que se preocupar agora, não em 2022. Temos que verificar como fica a comercialização dessa energia", afirmou o executivo, em entrevista exclusiva ao

Segundo Vianna, outro aspecto com relação ao tratado diz respeito à operação da usina. "Temos uma usina única. Na sala de comando [da hidrelétrica] tem operadores paraguaios e operadores brasileiros. A manutenção é feita por operadores dos dois países. E não está dito, escrito em lugar nenhum, como fica a operação e manutenção da usina após o tratado".

O executivo destacou ainda que o pagamento do serviço da dívida de construção de Itaipu também terminará em 2023, o que deverá reduzir o custo da energia produzida pela usina para os dois países a partir dessa data. Isso porque a usina não tem finalidade de obter lucro. "Evidentemente depois que terminar o tratado e terminar o serviço da dívida, a tendência é uma redução do custo de Itaipu".

Vianna, cuja nomeação para o cargo foi publicada na segunda-feira no Diário Oficial da União, deverá se desligar da presidência da Copel e assinar o livro de posse no novo cargo na próxima terça-feira. Seu substituto na elétrica paranaense deve ser definido pelo conselho de administração da estatal na próxima quarta-feira.

Fonte: Valor