Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Governo estuda vender distribuidoras em bloco

Governo estuda vender distribuidoras em bloco

Em: 24/01/2017 às 14:00h por

O governo federal avalia leiloar seis distribuidoras de energia ligadas à Eletrobras em um mesmo dia no fim deste ano, permitindo lances para mais de uma empresa, que poderiam levar a ágios que se tornariam receitas para o Tesouro Nacional. Originalmente, a intenção do governo federal era vender as empresas de maneira fatiada e não se previa arrecadar nada com contratos que antes eram tocados por empresas deficitárias ligadas à Eletrobras em Amazonas (Amazonas Energia), Piauí (Cepisa), Alagoas (Ceal), Acre (Eletroacre), Roraima (Boa Vista Energia) Rondônia (Ceron).

Segundo Paulo Pedrosa, secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), a principal intenção do governo com a venda das distribuidoras é melhorar o atendimento à população e reduzir custos, já que, indiretamente, o país acabaria pagando pela ineficiência dessas empresas. A segunda meta é recuperar a Eletrobras, que tem seus resultados prejudicados anualmente com essas empresas deficitárias, que tinham valor negativo de mais de R$ 10 bilhões. Mas o terceiro ponto que passou a ser avaliado para esse leilão nas últimas semanas, segundo Pedrosa, é o retorno para a União.

— Havendo valor nessas empresas, parte desse valor poderia ser capturado para o Tesouro. O que fazer com esse dinheiro seria um bom problema — disse ao GLOBO Pedrosa, que espera um cenário econômico mais favorável no fim do ano, quando as empresas forem à leilão.

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Uma das alternativas para captar esse lucro, disse ele, é permitir os lances por um bloco de empresas, nos quais os compradores transfiram à União parte do ganho que terão ao adquirir diversas distribuidoras ao mesmo tempo. Se três empresas valem R$ 10 cada uma, explica ele, num exemplo hipotético, no leilão um determinado grupo poderia pagar R$ 35 pelas três distribuidoras.

— Se tiver três ou mais empresas, terei sinergias, ou posso atender regiões com infraestrutura compartilhada, maximizando o resultado do leilão — destacou Pedrosa.

Outra possibilidade na mesa do governo é determinar uma ordem específica das empresas no dia do leilão, de forma a priorizar as primeiras, num modelo já usado em leilões de linhas de transmissão.

Fonte: O Globo