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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Fornecedores vão conviver com baixos aportes do setor em 2017

Fornecedores vão conviver com baixos aportes do setor em 2017

Em: 19/01/2017 às 13:40h por

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A indústria de máquinas e equipamentos deve sofrer com os baixos investimentos do setor elétrico em 2017. O DCI apurou que a demanda no curto prazo ainda prejudicará os projetos, ao mesmo tempo em que novas projeções dependem de anúncios do governo.

"As perspectivas para o ano de 2017 misturam um pouco de cautela e otimismo. Por um lado, podemos observar a profissionalização das lideranças do setor elétrico, que iniciaram algumas reformas estruturantes há muito demandadas pelo setor. Este discurso conciliador já tem resultado em uma estabilização do mercado e o crescimento de prospecções e desenvolvimento de oportunidades. Mas ainda sofremos os efeito da recessão", diz o gerente de soluções em energia da Siemens no Brasil, Felipe Ferrés.

Na visão dele, o consumo de energia, ainda deprimido pela crise, deve impactar projetos com entrada prevista para o curto prazo. Já para empreendimentos de médio e longo prazo, a expectativa é de demanda maior. "Especialmente na base termoelétrica de grande porte, o impacto é menor, pois os investimentos iniciados hoje já vislumbram um horizonte de quatro a cinco anos para início de operação", conta.

Ferrés vê ainda o problema de abastecimento na Região Nordeste, que persiste mesmo com o fraco consumo elétrico, e reforça a necessidade de aportes.

Na avaliação da presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, o problema de sobrecontratação no setor elétrico está restrito aos contratos - e não impacta a operação-, mas pode criar problemas de abastecimento na retomada da atividade econômica ou em restrição hidrológica.

"Fizemos um estudo muito profundo para mostrar ao governo que não há energia real de sobra no sistema. Mostramos ao governo que o que existe é sobra de contrato e não um excedente de garantia física", disse a presidente da Abeeólica.

Fonte: DCI