Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A tecnologia de redes inteligentes é ótima, mas o Brasil ainda precisa evoluir muito nesse campo, segundo Marco Afonso, especialista em infraestrutura da CGI. “As redes básicas do país têm 40 ou 50 anos. A maioria nem sequer tem bom isolamento, haja vista que qualquer chuvinha abala o fornecimento de energia. Precisamos primeiro vencer a obsolescência das nossas redes básicas para mitigar as interrupções”, alerta.
Para Afonso, o governo precisa regulamentar e definir qual será a estratégia de remuneração das concessionárias que investirem em redes inteligentes. “O investimento é alto e não pode ser repassado integralmente de uma vez só para os consumidores”, adverte. E o Brasil, assinala, está muito atrasado. “Não dá para imaginar uma substituição maciça de medidores num país em que as empresas de energia estão extremamente endividadas”, ressalta.
A tecnologia está sendo largamente difundida em países da Europa, onde o número de veículos elétricos cresce de forma exponencial. “Isso implica recarregar os carros. Hoje, a gente monitora mais de 8 mil eletropostos na Escandinávia. O nosso sistema inteligente faz toda a medição, inclusive descontando o pagamento na conta de energia do cliente. Mas essa realidade vai demorar para chegar ao Brasil”, lamenta Afonso.
Fonte: Correio Braziliense
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