Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O Brasil vai estudar os limites técnicos e custos para a inserção de fontes renováveis em sua matriz energética, como usinas eólicas e solares, mas a política do país deverá manter o foco nas hidrelétricas, até mesmo como forma de apoiar a geração intermitente dessas novas fontes, disse à Reuters o presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso.
O órgão, responsável por planejar a expansão do sistema elétrico, tem desenvolvido projetos de novas hidrelétricas e buscado identificar potencial para construção de plantas hídricas com reservatórios e usinas reversíveis, que podem armazenar água para gerar quando necessário.
Os reservatórios e a tecnologia de usinas reversíveis --estas últimas raras no país-- seriam importantes para compensar a incerteza que a variação do vento e do sol causa sobre a produção das renováveis, explicou Barroso em respostas por e-mail enviadas à Reuters nesta quarta-feira.
"A nossa 'renovável-chefe' é a hidreletricidade. A presença das 'novas renováveis' --pequenas hidrelétricas, eólica e solar-- é uma realidade e o planejamento tem atuado e continuará atuando para facilitar sua penetração de forma sustentável... hidrelétricas e outras fontes renováveis de energia são complementares", disse.
Ele adiantou que a EPE pretende avaliar ainda neste ano os limites e formas mais eficientes de viabilizar a expansão dessas fontes.
"Este estudo, que gostaríamos de desenvolver em 2017, determinaria quanto o sistema pode acomodar de renováveis e responderia qual é o custo incremental de acomodar um limite maior de penetração", comentou.
Ele admitiu, no entanto, que é difícil viabilizar de imediato investimentos em novas usinas em um momento em que a desaceleração da economia devido à crise financeira do Brasil gerou uma sobra estrutural de energia.
Fonte: Reuters
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