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Nordeste pressiona governo federal por leilões para usinas eólicas e solares

Nordeste pressiona governo federal por leilões para usinas eólicas e

Em: 13/01/2017 às 13:38h por

Governadores de Estados do Nordeste têm pressionado o governo federal para que sejam agendados para este ano novos leilões para a contratação de usinas eólicas e solares. O apelo vem após um certame marcado para dezembro ter sido cancelado em cima da hora devido a um cenário de sobra estrutural de energia no país decorrente da crise econômica.

O Brasil viu um crescimento exponencial das eólicas na última década. A Associação Brasileira de Energia Eólica estima que os investimentos no setor superam R$ 60 bilhões desde 1998, dos quais a maior parte foi para o Nordeste, onde estão cinco dos seis Estados com maior presença dessas usinas.

Já a energia solar começou a ser alvo de licitações em 2014, com uma promessa do governo Dilma Rousseff de que seriam feitas contratações anuais de usinas fotovoltaicas para impulsionar o setor.

Além de investimentos bilionários para implementar as usinas, as licitações eólicas e solares atraíram fábricas de equipamentos e outros fornecedores para o Nordeste, além de terem gerado empregos em regiões muitas vezes carentes e movimentado a economia local com o arrendamento de terras para os projetos.

"O setor de energia renovável é uma cadeia econômica que se consolida no Nordeste... inclusive com expressivos investimentos de fabricantes de equipamentos. Além do aspecto ambiental, estamos gerando emprego e renda em regiões carentes do Brasil. O cancelamento dos leilões nos causou preocupação quanto ao futuro", disse em nota o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Ele esteve na terça-feira (10) em Brasília para reunião com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que é deputado federal eleito por Pernambuco. Participaram também governadores do Ceará e do Piauí.

De acordo com relato do governo de Pernambuco, o ministro não teria descartado a realização de um leilão neste ano, mesmo que menor, mas teria condicionado a possibilidade a um estudo sobre a necessidade de novas usinas que está em andamento na pasta e deve ser concluído até março.

Fonte: Canal Energia