Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Apesar de reduções, custo da energia para indústria cresce 11,1%

Apesar de reduções, custo da energia para indústria cresce 11,1%

Em: 03/12/2013 às 15:27h por Firjan

Estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apontou que apesar da desoneração fiscal do governo federal e o processo de renovação das concessões terem provocado uma queda efetiva no custo da energia elétrica no Brasil, os reajustes das distribuidoras e o acionamento das térmicas já absorveram parte da redução para a indústria, atingindo um aumento médio de 11,1% no mês de novembro.

De acordo com o levantamento, o custo médio da energia para a indústria no País caiu 20,8% entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013 – passando de R$332,23 por MWh para R$263 por MWh em janeiro deste ano. No entanto, o custo da energia voltou a subir, atingindo média de R$292,16 por MWh em novembro.

Na comparação internacional, o Brasil saiu do quarto mais caro para o 11º lugar entre 28 países concorrentes, avançando sete posições. Mesmo assim, a tarifa brasileira está 8,6% acima da média internacional. O Brasil está à frente da Índia (R$ 630,9 por MWh), que tem o custo mais alto no ranking, e também da Itália (R$ 500,5), Colômbia (R$ 376,9) e do Japão (R$ 292,9). Mas ainda aparece atrás do Chile (R$ 284,9), Uruguai (R$ 249,5), China (R$ 201,5), Estados Unidos (R$ 126,2), Canadá (R$ 114,1), país que tem uma matriz elétrica bem parecida com a do Brasil.

O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, acredita que o Brasil avançou, mas reforça que a redução do custo da energia precisa continuar em debate, principalmente nas esferas estaduais. “O peso dos impostos, em especial do ICMS, encarece muito a energia e a produção da indústria, dilapidando sua competitividade. O governo federal foi corajoso, demonstrou que é possível reduzir o custo deste insumo. Agora é a vez de os estados avançarem nesta questão”, disse.

O estudo analisou ainda as tarifas praticadas por todas as 63 distribuidoras brasileiras no mercado cativo, onde estão 94,4% das indústrias do País. Entre os estados, a redução da tarifa variou de 18,50% a 25,10% em janeiro deste ano, sendo a maior queda no Piauí e a menor, no Mato Grosso do Sul.

De acordo com os dados mais recentes, de novembro, o Amapá apresenta o menor custo de energia brasileira, de apenas R$71,37 por MWh, quase 70% abaixo da média nacional, mas é considerado um caso à parte porque a distribuidora do estado passa por um processo de intervenção. Em seguida, aparece Roraima, com custo de energia a R$229,39 por MWh para as indústrias do estado. O custo mais alto do País é de Tocantins, com tarifa de R$403,91.

O Rio de Janeiro ocupa o 5º lugar entre as tarifas mais caras do Brasil: R$ 343,45. São Paulo está na 18ª posição, com preço mais competitivo, de R$ 273,05, mas ainda atrás do Rio Grande do Sul (R$ 266,49), Bahia (R$ 256,11) e Distrito Federal (R$ 248,98).