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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Leilão de transmissão foi o primeiro teste para novas regras do BNDES

Leilão de transmissão foi o primeiro teste para novas regras do BNDES

Em: 03/11/2016 às 10:47h por

Na próxima quinta-feira, 3 de novembro, completa um mês que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social alterou as regras de financiamento para o setor de energia. Com isso, a grande beneficiada foi a solar que viu o aumento de participação do banco de 70% para 80%. No outro lado foram reduzidas as parcelas para grandes hidrelétricas e retiradas as linhas para térmicas a carvão e a óleo. Em transmissão o custo passou a ser a taxa de mercado ao invés da TJLP, mas com prazos mais longos e participação de até 80% no financiamento total. O primeiro teste para essas novas regras vieram na última sexta-feira, 28 de outubro, no leilão de transmissão que levou à licitação de 21 dos 24 lotes colocados ao mercado.

Na avaliação do responsável pela área de Project Finance para o setor de energia do Santander, Edson Ogawa, esse resultado não surpreendeu porque os investidores já tinham feito as contas com o financiamento mais caro e que foi refletido na Receita Anual Permitida elevada pela Aneel. Segundo ele, apesar de agora contar com custo de mercado a taxas semelhantes ao que se pratica em outras instituições, o prazo ainda faz com que o banco federal seja mais competitivo.

Outro fato que Ogawa destacou é que ainda não há muitas instituições financeiras com operações de repasse do BNDES. Se o custo estiver contemplado na tarifa, não há problema para o investidor. A questão, continuou ele, é olhar para o mercado e ver se há bancos para atender a sua demanda de financiamento de projetos. “Olhando para os leilões a partir de agora acredito que cerca de dois terços do total financiado em transmissão ainda ficará no BNDES seja com TJLP ou taxa de mercado (...) a outra parte dessa demanda poderá ser atendida pelos demais bancos”, avaliou. “O setor de transmissão é onde a percepção de risco é menor e existe mercado bancário no Brasil para atender a demanda das empresas”, acrescentou.

Fonte: Canal Energia