Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Risco do investimento no setor elétrico precisa ser reduzido

Risco do investimento no setor elétrico precisa ser reduzido

Em: 23/09/2016 às 14:10h por

A principal questão hoje no setor elétrico é diminuir o risco do investimento. A opinião é do presidente do Sindicato da Indústria de Energia do Rio de Janeiro e também presidente do Conselho de Energia Elétrica da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Malta. Para ele, essa revisão do modelo do setor precisa resolver algumas questões importantes. No caso das distribuidoras, por exemplo, a sobrecontratação de energia e o endividamento das companhias.

"Energia elétrica era um negócio de baixa lucratividade com relação a outros ramos de negócio, mas uma remuneração segura. Hoje elas [as distribuidoras] tem sobrecontratação e estão quatro vezes mais endividadas do que poderiam estar. Se criou um risco enorme para uma atividade que não pode ter esse risco", declarou. De acordo com Malta, os riscos das concessionárias precisam reduzidos para aqueles relacionados às atividades gerenciais da empresa e não podem ser riscos sistêmicos.

A transmissão também é outro segmento que vem passando por dificuldades e falta de interessados nos leilões. "Para resolver o problema da transmissão, tem que aumentar a rentabilidade", afirmou. Mas além disso, comenta Malta, é preciso oferecer lotes de acordo com a quantidade de players e investimentos que podem ser direcionados para o segmento. "Não adianta colocar 50 lotes prioritários, se não há investidores para isso tudo. Nessa situação, o governo não está estabelecendo a prioridade, quem está estabelecendo a prioridade são os investidores, que vão ver quais são os melhores lotes para eles", destacou.

Ele afirma que o interesse da indústria de energia elétrica a longo prazo é o mesmo da indústria em geral e dos seus consumidores: que se tenha uma energia boa e barata hoje e amanhã, ou seja, que a energia seja de boa qualidade a um preço competitivo. "Não adianta fazer o que fez a [MP] 579, que é reduzir o preço e não permitir a sustentabilidade para poder investir no futuro e ter energia boa e barata amanhã. Isso é o interesse da indústria de energia elétrica e da indústria em geral também", disse.

Fonte: Canal Energia