Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Jirau deve iniciar operação comercial nesta semana

Jirau deve iniciar operação comercial nesta semana

Em: 20/08/2013 às 14:37h por Fiemt

A usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO), deverá iniciar sua operação comercial nesta quinta-feira. Sua primeira turbina funciona em regime de teste, desde sábado, e já fornece energia ao sistema interligado nacional. De acordo com a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária responsável pela usina, o teste foi bem-sucedido.

"A operação está segura e devidamente sincronizada com o sistema interligado", disse o diretor da ESBR, Isac Teixeira. Para funcionar comercialmente, segundo ele, é preciso aguardar a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A expectativa da concessionária é de que isso ocorra nos próximos dois dias.

Até o fim deste ano, Teixeira garante que pelo menos mais quatro turbinas entrarão em funcionamento, ao ritmo médio de uma nova máquina por mês. Cada turbina tem 75 megawatts (MW) de potência. Assim, até dezembro, a capacidade instalada de Jirau poderá atingir a marca de 375 MW.

"Essa meta é tranquilamente factível, mas vamos tentar mais", afirmou o diretor. Ao todo, a hidrelétrica em Porto Velho terá 50 turbinas, que somam 3.750 MW - o suficiente para abastecer cerca de dez milhões de residências.

São 22 máquinas, de procedência chinesa, instaladas na casa de força da margem esquerda do rio (fornecidas pela empresa Dong Fang Electric Corporation) e 28 na margem direita (de projeto e fabricação nacionais, fornecidas pelo consórcio das empresas Alstom, Voith e Andritz).

A usina de Jirau, que foi licitada em 2008 e começou a ser construída em 2009, é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem investimentos previstos em pouco mais de R$ 13 bilhões. Ela já deveria ter entrado em operação, mas sofreu atrasos com greves e até com uma revolta de trabalhadores, que destruiu alojamentos e instalações nas obras. Além disso, segundo a concessionária, houve atrasos ocasionados por problemas na liberação aduaneira de equipamentos.

A hidrelétrica ainda trava uma disputa com Santo Antônio, o empreendimento vizinho do rio Madeira, em torno de um projeto de ampliação da capacidade.

A ESBR é controlada pela multinacional francesa GDF Suez (40%) e tem como acionistas a Eletrosul (20%), a Chesf (20%) e a japonesa Mitsui (20%). A Santo Antônio Energia é controlada pela Odebrecht e pela estatal Furnas.