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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Taesa garante participação em leilão de transmissão

Taesa garante participação em leilão de transmissão

Em: 07/07/2016 às 11:49h por

A Taesa, transmissora de energia que tem como principais acionistas a Cemig e o FIP Coliseu, vai participar da segunda etapa do leilão de linhas de transmissão, em 2 de setembro. A empresa está avaliando as novas medidas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o certame e as novas condições de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, a companhia estuda quais lotes ela disputará.

"Vamos participar, sim. Estamos estudando vários lotes", afirmou o presidente da Taesa, João Procópio, que esteve nesta semana com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, em Brasília. "Confirmamos [para o secretário] a nossa posição de tentar conquistar alguns lotes no leilão", completou ele, acrescentando que a visita foi de caráter institucional.

A Taesa, que arrematou um lote na primeira etapa do leilão, em abril, vai estudar a nova modelagem criada pelo governo para essa nova fase, em que haverá uma espécie de sub-lotes dependentes de um lote principal. Nesse caso, se o lote principal não tiver sido arrematado por algum proponente, os sub-lotes não serão ofertados.

"A preocupação do ministério era dividir esses lotes em lotes menores para possibilitar a entrada de novos investidores, com menor capacidade", afirmou Procópio.

O presidente da Taesa contou ainda que, com a definição de lotes de menor porte, é mais provável que a empresa dispute sozinha essas concessões. Para ele, faz mais sentido buscar parceiros e diluir riscos quando há empreendimentos de grande porte, com investimentos da ordem de R$ 2 bilhões.

O executivo observou ainda que os lotes que não receberam proposta na primeira etapa do leilão de transmissão não serão incluídos nessa nova fase. Segundo ele, isso é um sinal de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está revendo a rentabilidade desses projetos para, posteriormente, colocar de novo em leilão.

Questionado sobre a situação da espanhola Abengoa, que está em recuperação judicial, Procópio afirmou que neste momento não há interesse em adquirir os projetos de transmissão da empresa em construção. "Os ativos não operacionais ou em construção [da Abengoa] têm uma rentabilidade muito menor que a daqueles que estão sendo ofertados em leilão [da Aneel]. Não faz sentido você pegar o seu capital e investir em um empreendimento com rentabilidade menor que a de outro".

Com o processo de caducidade de concessões da Abengoa, porém, a Aneel poderá relicitar esses projetos no futuro, com novas taxas de rentabilidade.

Uma das maiores transmissoras privadas do país, a Taesa possui pouco mais de 10 mil km de extensão de linhas de transmissão. No ano passado, a empresa teve receita operacional líquida de R$ 1,5 bilhão, com alta de 3,1% ante 2014, e lucro líquido de R$ 909 milhões, com crescimento de 0,5% na mesma comparação.

Outra grande empresa do setor, a Chesf, subsidiária da Eletrobras, não poderá participar da segunda etapa do leilão de linhas de transmissão da Aneel. De acordo com despacho publicado ontem pela secretaria-executiva de leilões da autarquia, a estatal "não atende ao requisito de habilitação técnica".

Na prática, a Chesf está impedida de participar do leilão porque o tempo médio de atraso no cronograma de seus projetos supera o limite permitido pela autarquia.

Fonte: Valor Econômico