Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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O Brasil vem se destacando na instalação de coletores solares térmicos, segundo um estudo da Agência Internacional de Energia. O relatório anual Solar Heat WorldWide 2016, com base em 2014, reúne informações de m² de coletores solares térmicos instalados por tipo, energia produzida, contribuições ao meio ambiente de emissões evitadas, dentre outros dados do desempenho do setor de 61 países.
No ranking, o Brasil ocupou a 3ª posição em capacidade instalada adicionada no ano com novos 1.009 Megawatts térmicos (MWth) e a 5ª posição no ranking mundial com 2.712 MWth, dado que considera os coletores solares térmicos em operação nos últimos 25 anos. Com isso, o Brasil evitou em 2014 a emissão de 2,5 milhões de toneladas de CO2, de acordo com o estudo.
A América Latina, liderada pelo Brasil, mostra ser hoje a mais constante e dinâmica de todas as regiões econômicas apontadas no relatório. O mercado brasileiro é dominante, mas tem destaque ainda os mercados mexicano e chileno. Em 2014, esses mercados juntos somaram um crescimento de 8,1%. "Estes números mostram o potencial e a relevância da produção brasileira no cenário mundial", comentou o presidente do Departamento Nacional de Energia Solar Térmica (Dasol) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Amaurício Gomes Lúcio.
Dos dez maiores mercados de 2014, apresentaram crescimento, segundo o estudo da AIE, o Brasil (4,5%), a Índia (7%), os Estados Unidos (0,9%), o México (18,2%) e a Grécia (19,1%). Já a China (-17,6%), a Turquia (-0,8%), a Alemanha (-9,8%), a Austrália (-21,1%) e Israel (-13,4%) sofreram retração. De acordo com o relatório, no fim de 2014, o segmento acumulava uma capacidade de 410,2 GWth de energia, em 586 milhões de metros quadrados de área instalada de coletores solares em operação. A maior parte concentra-se na China (289.5 GWth) e Europa (47,5 GWth), que juntas representam 82,1% do total da capacidade instalada.
A pesquisa revela ainda que no ano de 2014 foi adicionado ao parque instalado a capacidade total de 46,7 GWth, correspondentes a 66,7 milhões de coletores solares, número que representa um decréscimo nas instalações de 15,2% comparado ao ano anterior. É a primeira vez que este declínio é observado de acordo com os dados disponíveis sobre o ano de 2015. “Acreditamos que este decréscimo se deve principalmente à desaceleração do mercado chinês, que representa um grande percentual da tecnologia no cenário mundial. Mas de maneira geral, este nosso segmento tem muito potencial por se tratar de energia limpa e vinda de uma fonte abundante que é o sol, especialmente nos países tropicais, que têm uma insolação forte e que tem muito espaço de mercado”, avaliou Lúcio, do Dasol.
A produção de energia de todos os sistemas de aquecimento solar instalados nos 61 países em 2014 foi de 335 TWh. Isso corresponde a uma economia de 36,1 milhões de toneladas de petróleo e 116,4 milhões de toneladas de emissões evitadas de CO2.
Em 2014, 94% da energia produzida por sistemas de aquecimento solar no mundo foi destinada especialmente ao uso doméstico, sistemas de pequena escala unifamiliares (68%) e aplicações maiores para condomínios, hotéis, escolas (27%). O aquecimento solar de piscinas representou 4% do total. O número de empregos gerados pelo setor em 2014, incluindo produção instalação e manutenção, alcançou os 730.000 postos, ainda de acordo com o relatório da AIE.
Fonte: Canal Energia
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