Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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James Hansen, especialista em clima da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, divulgou dados e informações acerca da possibilidade utilizar energia nuclear como substituta aos combustíveis fósseis.
De acordo com Hansen, a obtenção de ogivas nucleares russas feita pelos Estados Unidos nos últimos anos, além de evitar problemas como guerras nucleares, também contribuiu massivamente com o combate às mudanças climáticas. Isto se dá a partir do momento que as ogivas são utilizadas como fontes de combustível para reatores nucleares o que, de acordo com o cientista, barrou a emissão de 64 bilhões de metros cúbicos de gases causadores de efeito estufa, além de salvar por volta de 1,8 milhão de vidas ao que se evitou a produção de fuligem e outros poluentes emitidos na queima de carvão.
“Se você substitui estas centrais elétricas [movidas a combustíveis fósseis] por reatores nucleares modernos e seguros, poderia ter uma redução da poluição bastante rápida”, garantiu o cientista.
Hansen, ainda, não possui apenas projeções laboratoriais como seus aliados; a história também demonstra a veracidade de sua tese. Durante as décadas de 70 e 80, a França investiu na geração de energia nuclear como substituta dos combustíveis fósseis e, com isso, foi registrada redução de 2% de emissão de gases por ano.
De acordo com o Laboratório Nacional de Renovável do Departamento de Energia dos Estados Unidos, uma central de energia nuclear produz a mesma quantidade de gás carbônico por KWh do que moinhos de energia eólica e menos do que painéis fotovoltaicos.
As desvantagens
Apesar de os estudos de James Hansen apresentarem argumentos fortes, também é preciso considerar os pontos de desvantagem e o principal deles, possivelmente, é o alto custo para a geração de energia nuclear. Em levantamento feito por uma revista científica americana, para que um quarto dos Estados Unidos fosse abastecido com energia nuclear, seria necessário investimento de US$ 7 trilhões em 1.000 reatores, entre construção de novos e substituição de equipamentos antigos. Para título de comparação, a China é, atualmente, a maior detentora de reatores nucleares na atualidade, e eles são somente 29.
Além disso, também não é possível ignorar acidentes como o que ocorreu em 2011 na cidade de Fukushima, no Japão, forçando a evacuação da população em um raio de 20 km ao redor da usina nuclear. Com isso em mente, países como Alemanha e França também vem abraçando a ideia de utilizar energia nuclear, mas reforçam que é necessário, antes de tudo, torna-la mais segura e acessível. (Ambiente Energia)
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