Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

CPFL aposta em geração solar distribuída

CPFL aposta em geração solar distribuída

Em: 06/04/2016 às 10:42h por

A CPFL Energia inaugurou ontem, em Campinas (SP), seu primeiro projeto de geração solar distribuída, por meio da subsidiária CPFL Eficiência. A usina, construída em parceria com a Algar Tech, pode gerar 280 megawatts por hora (MW/h) para suprimento da empresa de tecnologia.
O projeto marca a entrada da CPFL no segmento de geração solar distribuída, negócio no qual a companhia planeja expandir sua atuação com projetos de até 5 MW de potência instalada para clientes industriais e comerciais, com base na Resolução 687/15 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) - que prevê benefícios como o acesso ao sistema de compensação de energia para projetos desse porte.
Nesse modelo de negócio, a CPFL fica responsável pela geração fotovoltaica desde a elaboração até a operação e manutenção das usinas, na modalidade de contrato BOT (construir, operar e transferi, na sigla em inglês). A empresa Alsol, incubada pelo grupo Algar, ficou responsável pelo projeto e instalação da usina solar na unidade de Campinas.
Na parceria, a CPFL respondeu pelo projeto de modernização dos sistemas de iluminação e climatização da Algar, o financiamento de dois projetos de energia solar e a migração da empresa para o mercado livre de energia. De acordo com a CPFL, a parceria deve receber aporte de R$ 6 milhões nos data centers da Algar em Campinas (SP) e Uberlândia (MG), onde empresa já tem uma usina solar instalada com capacidade para gerar 1080 MW por ano. Juntas, as duas usinas vão gerar 1.360 MW por ano.
"Ao todo, o projeto em parceria com a Algar pode gerar uma economia de até R$ 1 milhão por ano nas duas unidades da Algar. Só a usina solar de Campinas deve gerar R$ 110 mil de economia por ano. Na medida em que a empresa começar a economizar energia, ela começa a pagar o investimento feito pela CPFL Eficiência", explicou a vice-presidente de operações de mercado da CPFL Energia, Karin Luchesi. O projeto da CPFL, em parceria com a Algar, incluiu a substituição de lâmpadas e do gás refrigerante para climatização nas unidades da Algar, além da instalação da usina solar.
Segundo Karen, a companhia de energia planeja expandir o negócio de geração distribuída este ano e novos projetos já estão em estudo, mas ela não confirma se novas usinas podem ser inauguradas ainda em 2016.
"Essas duas empresas [CPFL e Algar] têm na inovação o caminho para ser perene e sustentável", disse o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, destacando também que "empresas médias podem ser clientes do mercado livre de energia, desde que façam essa opção de consumir energia renovável".
Ele comentou que os negócios da CPFL no mercado não regulado (mercado livre, renováveis) devem representar até 5% da companhia num prazo de cinco anos. "Para uma empresa do nosso tamanho, isso pode chegar a R$ 1 bilhão em cinco anos", afirmou o executivo no evento. (DCI)