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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Seis consórcios mostram interesse na Celg

Seis consórcios mostram interesse na Celg

Em: 16/02/2016 às 14:34h por

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ontem que seis consórcios com diferentes empresas já manifestaram o interesse em assumir o controle da distribuidora goiana Celg a partir do processo de privatização.
Segundo o ministro, a lista de interessados inclui investidores estrangeiros, inclusive companhias chinesas. "Pelo menos, seis consórcios manifestaram o interesse preliminar em participar", afirmou o ministro.
Ao chegar para reunião com o ministro, o presidente da Celg, Sinval Zaidan, disse que o edital de privatização da distribuidora goiana deve ser publicado até fim deste mês. Já o leilão da venda do controle da companhia deverá ocorrer em março.
Ontem, o Ministério de Minas e Energia (MME) passou oficialmente para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a missão de conduzir o processo licitatório. A decisão saiu em portaria ministerial publicada na edição de ontem do "Diário Oficial da União".
O executivo da distribuidora também confirmou que "tem um bom número de interessados" em comprar a companhia, sem informar se o grupo inclui empresas estrangeiras ou nacionais.
Zaidan afirmou que é grande expectativa de que é um grupo privado assuma o controle da companhia. Para ele, negócio de distribuição de energia é uma atividade tipicamente gerida pelo setor privado. O executivo argumenta que o segmento exige elevados aportes de recursos que são recuperados ao longo do prazo de concessão.
O executivo ressaltou que, às vezes, é "complicado" exigir que o Estado faça empenho de recursos, por meio das estatais no setor de distribuição, enquanto enfrenta demandas urgentes em áreas como saúde e educação.
O presidente da companhia afirmou a jornalistas que a Celg está avaliada atualmente em R$ 2,8 bilhões, sem considerar o montante total com dívidas. Segundo ele, o passivo atual gira em torno de R$ 2,5 bilhões. Portanto, o negócio exigiria o desembolso de, no mínimo, R$ 5,3 bilhões do investidor, se fosse fechado hoje. O valor poderia alcançar cifras superiores se houvesse disputa entre os interessados na apresentação de lances no leilão.
Para Zaidan, a situação atual da distribuidora torna a empresa ainda mais atrativa para outras companhias do segmento. "Hoje, eu arrecado 100% do que faturo", afirmou o presidente.
O executivo ressaltou ainda que Goiás oferece um potencial a ser explorado. "Enquanto o Brasil patina, o Estado cresce", disse Zaidan. Segundo ele, está em jogo a venda de 100% do capital acionário da companhia, composto por 51% da Eletrobras e outros 49% do governo goiano. (Valor)