As térmicas com custo variável unitário (CVU) acima de R$ 420/MWh serão desligadas. A decisão partiu do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em reunião presidida pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. A medida deve reduzir cerca de R$ 720 milhões no custo mensal de geração do País a partir de 1º de março, permitindo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) trocar a bandeira tarifária vermelha pela amarela.

Serão desligadas sete usinas térmicas, com capacidade instalada de cerca de 2 mil megawatts (MW). São elas: Campos, Mário Lago, Figueira, Sykue I, Cuiabá, Bahia I e Araucária. A decisão foi tomada após os integrantes do colegiado analisarem que a situação dos reservatórios das hidrelétricas está mais favorável com a diversificação da matriz. 

De acordo com o CMSE, o risco de déficit de energia no País é zero nos subsistemas analisados. Além disso, as condições de suprimento energético melhoraram, o que permite o desligamento de mais usinas térmicas na base do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Essa é a segunda vez que o CMSE decide pelo desligamento de térmicas mais caras, com reflexo de redução nos valores da conta de luz. Em agosto de 2015, foram retiradas do despacho de base as térmicas com o custo unitário acima de R$ 600/ MWh, o que permitiu redução da bandeira tarifária vermelha de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kilowatts-hora (kWh).

Com essa última medida, a Aneel reestruturou as bandeiras tarifárias e fixou para fevereiro uma bandeira vermelha de R$ 3,00 a cada 100 kWh. O custo de geração foi reduzido em R$ 1,1 bilhão ao mês, na ocasião. (Agência Gestão CT&I)