Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Estudo avalia distribuição de energia em Manaus

Estudo avalia distribuição de energia em Manaus

Em: 12/02/2016 às 15:52h por

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) iniciaram no último mês uma avaliação dos sistemas de transmissão e distribuição de energia da região metropolitana de Manaus. O objetivo é analisar a situação da rede para assegurar a qualidade do serviço durante a Olimpíada, em agosto, quando a cidade sediará seis partidas do torneio de futebol.
As duas instituições também vão estudar o cenário de longo prazo, para determinar quando, e como, será possível eliminar a necessidade de geração térmica complementar na capital do Amazonas. Não há prazo a para conclusão dos trabalhos.
Apesar de Manaus estar conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) há quase três anos, pelo linhão Tucuruí-Manaus, de mais de 1,8 mil quilômetros, a rede de distribuição local ainda apresenta fragilidades que demandam a complementação de geração térmica internamente.
A avaliação do sistema de Manaus, que também tem a participação da estatal Eletrobras e das subsidiárias Eletronorte e Amazonas Energia, foi determinada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), na primeira reunião do colegiado no ano, em janeiro. A medida foi decidida após diagnóstico feito pelo ONS sobre o quadro atual da rede na capital do Amazonas.
Além de assegurar a qualidade do atendimento em Manaus durante a Olimpíada, o governo quer melhorar a confiabilidade do sistema da cidade e reduzir o custo de geração de energia térmica a óleo combustível e diesel, compartilhado por todos os consumidores do país.
"As entidades [ONS e EPE] continuam realizando os estudos complementares sobre os sistemas de transmissão e de distribuição para atendimento à região metropolitana de Manaus, nos horizontes de curto, médio e longo prazos, elencando as medidas operativas, o tempo necessário de permanência das térmicas emergenciais e as soluções estruturantes necessárias para a região, tendo em vista a demanda projetada e as mudanças na oferta, como a ampliação progressiva da integração com o SIN e a expectativa da entrada em operação da termelétrica Mauá 3 até o fim de 2016", informou o ministério de Minas e Energia ao Valor.
Além da realização dos estudos, o ministério também determinou, no fim de janeiro, a prorrogação, por seis meses, do contrato de fornecimento de energia de três termelétricas a diesel situadas em Manaus, que totalizam 155 megawatts de capacidade instalada. As usinas são Flores (80 MW), Iranduba (25 MW) e São José (50 MW), cujo contrato terminaria em fevereiro. De acordo com o diagnóstico feito pelo ONS, na reunião do CMSE de janeiro, a descontratação das usinas poderia "acarretar cortes de cargas no subsistema Manaus".
O ministério explicou que não houve modificação da forma de cobrança dos custos de operação dessas usinas, que seguirá sendo coberto pelo encargo de serviços do sistema (ESS), repassado aos consumidores pode meio da tarifa de energia.
O parque gerador do Amazonas possui 2,26 mil MW instalados, a partir de 159 usinas. Desse total, são 148 térmicas (1,99 mil MW), duas hidrelétricas (275 MW) e nove mini e microusinas solares fotovoltaicas (104 quilowatts). De acordo com a EPE, o consumo de energia no Amazonas em 2014 (último dado disponível) atingiu 6,275 mil gigawatts-hora (GWh), alta de 5,2% em relação a 2013. (Valor Econômico)