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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Tarifa de energia cairá em média 0,2%, diz consultoria

Tarifa de energia cairá em média 0,2%, diz consultoria

Em: 10/02/2016 às 13:49h por

Os reajustes nas tarifas de energia elétrica para 2016 deverão resultar em redução média de 0,2 por cento para os consumidores residenciais brasileiros em 2016, com os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste registrando quedas na conta de luz beneficiados por chuvas nas áreas de hidrelétricas.
A tendência de baixa após dois anos de altas nas tarifas, segundo estudo da consultoria TR Soluções, deve aliviar a pressão sobre a inflação e é resultado de chuvas favoráveis em janeiro e no início de fevereiro, que ajudaram a recompor os reservatórios de hidrelétricas e permitiram o desligamentos de térmicas, cujo custo é mais elevado.
O efeito médio para os consumidores do Sudeste e do Centro-Oeste será uma redução de 3,8 por cento, enquanto no Sul a queda será de em média 3,4 por cento, informou à Reuters a consultoria, especializada em cálculos de tarifas.
No Nordeste, por outro lado, a TR Soluções estima que deverá haver elevação das tarifas, com efeito médio para o consumidor de 12,3 por cento. A região, que havia sido menos afetada por altas nos anos anteriores, sofre os efeitos de uma severa seca nas hidrelétricas.
Segundo o sócio da consultoria, Paulo Steele, os cálculos já levam em consideração o desligamento de termelétricas a partir de março, em um movimento que o governo vê como início do viés de baixa nas tarifas de energia.
Steele explicou, no entanto, que "apenas uma parte muito pequena" dos custos com o acionamento das térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas, é suportado pelas tarifas.
A maior parte da conta das termelétricas é custeada pelo consumidor por meio das bandeiras tarifárias, que elevam a tarifa de acordo com o uso dessas usinas.
Com o desligamento de mais térmicas em março, a bandeira nas contas deverá passar para amarela, ante a atual vermelha, o que representará cobrança extra de 1,5 real a cada 100 kilowatts-hora consumidos, ante 3 reais na faixa vermelha.
Em 2015, quando a bandeira vermelha vigorou por todo o ano, as bandeiras tarifárias arrecadaram 14,7 bilhões de reais, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O consumidor chegou a pagar um custo extra de 5,50 reais a cada 100 kilowatts-hora devido à bandeira vermelha, posteriormente reduzida.
Com a evolução da hidrologia, o governo agora acha possível ter ainda neste ano a bandeira verde, quando não há cobrança adicional.
O Banco Central estimou que os custos da energia elétrica subiram 52,3 por cento em 2015 e projetou anteriormente uma alta de 3,7 por cento em 2016, ainda considerando a vigência da bandeira vermelha. (Exame)