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BB vai financiar interessados no leilão de hidrelétricas antigas

BB vai financiar interessados no leilão de hidrelétricas antigas

Em: 27/10/2015 às 14:05h por

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O Banco do Brasil e outras instituições vão financiar os participantes do leilão de hidrelétricas existentes com concessões vencidas, com o qual o governo federal espera arrecadar R$ 17 bilhões por meio da cobrança de bônus de outorga, afirmou ontem o presidente do banco, Alexandre Corrêa Abreu. Segundo o executivo, o financiamento de lances no certame, previsto para 6 de novembro, é um “bom negócio”, com “retorno garantido”. Ele disse que negocia com um pool de bancos, para que, juntos, possam apoiar os grupos vencedores do leilão.

— O formato da nossa participação ainda está sendo definido, mas o que está certo é que será um pool de bancos, um sindicato de bancos. Para outorga, é nossa primeira vez — disse ele a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

Do total previsto a ser arrecadado pelo governo com as outorgas, até R$ 11 bilhões entrariam nos cofres públicos ainda neste ano, o que justificaria um acordo de várias instituições financiadoras, devido ao montante elevado.

— Para mercado corporativo, dificilmente um banco entra sozinho. Você faz uma junção de forças. Como o recurso é muito grande, um só fica pesado — explicou ele.

R$ 13,8 BI COM DUAS USINAS
Serão oferecidas as concessões de 29 hidrelétricas, divididas em cinco lotes compostos por entre uma e 18 usinas. Há, ainda, uma divisão em sublotes, o que significa que os investidores também poderão apresentar propostas individuais para algumas hidrelétricas ou grupos de usinas. Entre os empreendimentos que serão ofertados estão usinas cujas concessões pertenciam à Cesp, como Ilha Solteira e Três Irmãos, além de usinas de Cemig, Copel, Celesc e Furnas, da Eletrobras.

Apenas com o leilão das duas concessões da Cesp, o governo federal espera arrecadar ao todo R$ 13,8 bilhões.

O leilão tem atraído atenção daquelas companhias, incluindo a Cesp, que pretendem tentar continuar com a concessão das hidrelétricas por mais 30 anos, e de outras elétricas brasileiras e estrangeiras.

Abreu destacou que as usinas existentes são um bom negócio para o banco, uma vez que são ativos amortizados e com contratos longos entre o Estado e empreendedores.

— É um bom negócio, uma oportunidade boa porque são 30 anos de concessão com 70% da energia já contratada. Tem de aguardar quem vai entrar e ganhar. Nosso financiamento será pós-leilão, mas já concluímos que é uma boa. Não tem risco de construção... — disse o presidente do BB, sem revelar o montante que o banco pretende destinar para essa modalidade de financiamento.

Após o fracasso do leilão de petróleo no início do mês, quando foram arrematados só 14% dos blocos oferecidos, especialistas reviram a projeção para o certame das hidrelétricas, quando, afirmam, apenas duas usinas devem ter disputa significativa: Jupiá e Ilha Solteira. (O Globo)