Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A presidente Dillma Rousseff disse que Brasil e Argentina não têm outra opção além de integrar suas indústrias para evitar que se especializem unicamente em produtos primários. “É estratégica a integração de nossas cadeias produtivas, de forma a construir uma relevante e competitiva indústria regional. Compartilhar processos, produtos e inovação, e cooperar em ciência, em tecnologia e educação. Buscar a nossa integração industrial regional, é disso que se trata”, afirmou, ao alertar para o fato de que as duas nações não devem se especializar somente na exportação de commodities. O pronunciamento foi feito durante o encerramento da 18ª Conferência Industrial Argentina, nesta quarta-feira, 28 de novembro.
A presidente da Argentina, Cristina Kirschner, também defendeu a integração industrial durante o evento. “A integração deixou de ser um desejo antigo para ser uma necessidade e uma condição sine qua non para poder manter o crescimento”, disse.
O alerta já tinha sido dado pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, durante a abertura do evento. Segundo ele, a integração é a saída para fugir da especialização em produtos primários. “Mesmo que nossas exportações muito competitivas e intensivas em recursos naturais cresçam, não serão elas, sozinhas, que garantirão o nível de emprego e renda que as economias dos dois países precisam para atingirem o pleno desenvolvimento”, disse Andrade.
O presidente da União Industrial Argentina, José de Mendigúren, defendeu que Brasil e Argentina precisam importar menos produtos similares aos fabricados nacionalmente e aumentar a produção interna. “Centro e trinta bilhões de dólares de produtos são importados pelos dois países por ano, mas boa parte pode ser produzida dentro do território”, pontuou.
Nos últimos dois anos, o Brasil aportou US$ 6 bilhões em investimentos diretos para a Argentina em setores como mineração, têxtil e construção civil. Projetos de construção de plantas produtivas argentinas no Brasil somam mais de US$ 3 bilhões nos últimos dois anos. Os principais investimentos foram em usinas de energia eólica e na produção de aço.
A corrente de comércio entre os dois países passou de US$ 2 bilhões em 1990 para US$ 39,6 bilhões em 2011. Até outubro de 2012, o fluxo foi de US$ 28,3 bilhões, que representa 82% de todo o comércio brasileiro com o Mercosul.
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