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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Investimentos em infraestrutura devem estimular o crescimento da economia

Em: 28/11/2012 às 09:34h por Portal da Indústria

O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, sustentou nesta quarta-feira, 28 de novembro, que o governo deve priorizar os investimentos em infraestrutura de transportes e logística nos projetos que podem induzir maior crescimento econômico. “Temos que utilizar a infraestrutura como fator indutor da atividade econômica do Brasil”, afirmou Figueiredo, durante o evento Financiamento para o Desenvolvimento, quarto e último da série Fóruns Estadão Brasil Competitivo, promovido pelo Grupo Estado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Figueiredo lembrou que o governo lançou um plano de R$ 133 bilhões em investimentos em ferrovias e rodovias nos próximos 25 anos, dos quais R$ 91 bilhões devem ser destinados para a reforma e ampliação da malha ferroviária, para 10 mil quilômetros, e outros R$ 42 bilhões para a recuperação, duplicação e pavimentação de 7,5 mil quilômetros de rodovias. “Nosso país depende muito do modal rodoviário, que transporta 90% dos produtos brasileiros se excluirmos o minério de ferro. Além de estradas ruins, os caminhões são velhos e os motoristas são submetidos a um excesso de horas de trabalho. Temos de investir mais em outros modais”, argumentou.

O presidente da EPL lembrou que o pacote de estímulo de investimentos em portos deverá ser lançado na semana que vem, assim como o edital do Trem de Alta Velocidade (TAV) que deverá interligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com ele, editais de concessão dos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ), assim como os de concessões das BR-040 e BR-116, deverão sair nas próximas semanas.

CAPTAÇÃO DE RECURSOS - Cristina Schulman, chefe de mercado de capitais da área de dívida do Santander, disse, durante sua apresentação, que a queda das taxas de juros dá aos investidores mais espaço para aceitar taxas de remuneração menores, ainda que haja um limite. “É um desafio para os fundos de pensão atingirem suas metas atuarias, que estão acima do que se consegue no mercado hoje, então os investimentos em infraestrutura podem ser vantajosos”, disse.

O presidente da Invepar (que tem, entre outras, a concessão do Aeroporto de Guarulhos), Gustavo Rocha, está otimista com a possibilidade de captar no setor privado os recursos para projetos de infraestrutura. “Alguns títulos de projetos de infraestrutura têm se mostrado mais seguros do que os de alguns governos, desde que o ambiente regulatório seja forte”, afirmou, em referência à crise nos países da zona do euro.

O diretor de Comunicação da CNI, Carlos Barreiros, lembrou a aprovação da Medida Provisória 563, que aperfeiçoou o mecanismo da emissão de debêntures de infraestrutura como forma de ampliar o financiamento do setor. Segundo ele, os investimentos privados tendem a aumentar. “Não fosse o empenho do empresariado, trabalhando junto às autoridades e à sociedade, não avançaríamos como estamos avançando”, disse, em alusão à defesa das empresas da aprovação dessa medida.

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