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No futuro, ser sustentável representará vantagem competitiva

No futuro, ser sustentável representará vantagem competitiva

Em: 21/11/2012 às 17:01h por Portal da Indústria

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Para o diretor-executivo do Programa Global Understanding das Nações Unidas, Brenno Werlen, a capacidade de produzir de forma mais sustentável dará mais competitividade às indústrias no futuro. "O custo de recursos tradicionais como petróleo e carbono aumentará à medida que se tornem mais escassos. As empresas que encontrarem formas alternativas terão vantagem competitiva", disse durante a 82ª reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (21).

Em Brasília, Werlen falou para representantes das federações estaduais da indústria que atuam na área de meio ambiente. À frente do Global Understanding, iniciativa da ONU voltada à conscientização da população sobre como atuar de forma sustentável, ele acredita que o crescimento populacional e o consequente aumento da demanda por recursos naturais desfazem o impasse sobre reduzir o impacto no meio ambiente sem perder competitividade.

"Sustentabilidade e concorrência não estão em conflito. Na verdade, um será veículo para o outro. Se pensarmos que, em breve, haverá próximo a 10 bilhões de habitantes (ONU estima 8,5 bilhões de pessoas no mundo em 2030) e os recursos ficarão ainda mais escassos, vamos precisar de alternativas", afirma.

A sensibilização da população, explica Werlen, será fundamental para que alternativas mais sustentáveis ganhem mercado. O projeto da ONU aposta na educação de crianças para que, no futuro, se tornem consumidores mais conscientes do impacto real que cada produto tem no meio ambiente. "A população precisa saber quais são mais problemáticos e optar", defendeu.

O gerente-executivo de Meio Ambiente da CNI, Shelley Carneiro, explicou que o setor produtivo brasileiro tem atuado de forma ampla no tema da sustentabilidade, com envolvimento em questões como energias alternativas, recuperação florestal, rotulagem de materiais e reaproveitamento de resíduos. Na Rio+20, a CNI apresentou um documento que traz os avanços nessas áreas de 16 setores da indústria. "Foi um ano de muito trabalho e em que avançamos em questões fundamentais", disse Carneiro.

Além do representante da ONU Brenno Werlen, a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Tania Maria Sausen participou da última reunião nacional do Coema da CNI. Este ano, foram realizados cinco encontros nacionais do grupo e 12 regionais, dos quais participaram representantes de federações da indústria e associações setoriais.