O Indicador de Custos Industriais, formado pelos custos de produção, com capital de giro e com tributos, aumentou 3,2% no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre. A alta dos custos é superior ao aumento dos preços dos produtos industriais, que reduziu o lucro das empresas, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O aumento dos custos industriais foi influenciado pela elevação de 4% nos custos de produção no mesmo período. Os componentes dos custos de produção que mais aumentaram no trimestre foram a energia, que teve alta de 12,4%, e os insumos importados, com elevação de 9,1%, causada pela valorização do dólar diante do real. Os custos com pessoal subiram 2,2%.

O custo tributário aumentou 0,4% e o com capital de giro subiu 2,6% no segundo trimestre frente ao primeiro.

Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, os custos industriais registraram um crescimento de 7%. No mesmo período, os custos de produção tiveram alta de 9,3%. O custo com bens intermediários importados, cuja elevação alcançou 32,3%, especialmente por causa da valorização do dólar frente ao real, foi o componente que mais influenciou o aumento do custo de produção. Além disso, o custo com energia subiu 49,4% na mesma base de comparação.

De acordo com a CNI, a valorização do dólar melhorou a competitividade dos produtos brasileiros. No mercado interno, os preços dos manufaturados importados em reais aumentou 7,8% no segundo trimestre, mais do que a elevação de 3,2% nos custos dos produtos nacionais. O aumento dos custos também foi inferior ao reajuste de 8,3% registrado nos preços em reais no mercado dos Estados Unidos, também reflexo da desvalorização do real no período. (G1)