Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Agentes destacam dificuldades de financiamento com o BNDES

Agentes destacam dificuldades de financiamento com o BNDES

Em: 26/08/2015 às 16:08h por

A Celg GT surpreendeu e arrematou o lote K do leilão de transmissão realizado nesta quarta-feira, 26 de agosto, em São Paulo. Com um deságio de 15,5% a empresa ofertou uma receita anual permitida de R$ 17,849 milhões e ficou com a subestação em Luziânia que está no entorno do Distrito Federal, desbancando até mesmo a State Grid. O investimento estimado pela Agência Nacional de Energia Elétrica no ativo será de R$ 127,8 milhões. Esse valor deverá ser obtido por meio de recursos próprios em sua maior parte e apenas 20% por meio do BNDES.
De acordo com o diretor de Gestão da CelgPar, controladora da Celg-GT, Elie Chidiac, a empresa considerou vários aspectos para obter o sucesso neste leilão. Entre eles é que esse lote é importante para o estado e de acordo com os estudos de investimentos e da taxa interna de retorno da empresa conseguiram ofertar o lance vitorioso.
Em sua avaliação o resultado do leilão pode ser atribuído às dificuldades que as empresas vêm enfrentando em termos de alavancagem e que impediu a ampla participação de empresas tradicionais no setor de transmissão. Além da Celg-GT arremataram lotes a Isolux, que não participou da entrevista coletiva pós-leilão, e um novo investidor, a Planova.
Aliás, o presidente do conselho de administração dessa nova companhia no segmento de transmissão, Sérgio Facchini, disse que a crise é de confiança no Brasil. E que esse é um dos motivos para que os empreendedores tenham se afastado dos leilões, mesmo considerando este um setor estável em termos de recebíveis. “Ao mesmo tempo que temos um esforço do MME em oferecer taxas diferenciadas nos projetos há uma restrição enorme em termos de financiamentos em função do ajuste fiscal. O BNDES vem induzindo os empreendedores a buscar alternativas de funding por meio de debêntures”, comentou ele.