Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Rede prevê aporte de R$ 733 milhões

Em: 09/10/2012 às 13:54h por Valor

O grupo Rede, cujas distribuidoras de energia estão sob intervenção, apresentou um plano de recuperação à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que prevê a entrada de um novo investidor na holding e a injeção de R$ 733 milhões nas oito companhias controladas pelo grupo, que pertence a Jorge Queiroz.

Os aportes maiores precisariam ser feitos na Centrais Elétricas Mato-grossense (Cemat), no valor de R$ 205 milhões, e na distribuidora do interior de São Paulo Empresa Elétrica Bragantina (EEB), no valor de R$ 181 milhões.

De acordo com um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o aporte de R$ 733 milhões será distribuído para as concessionárias de três formas. A primeira será via aumento de capital, no valor de R$ 150 milhões, e a segunda por meio da quitação de empréstimos, no total de R$ 437 milhões.

Outros R$ 186 milhões virão de "reposição", por parte da Rede Holding, das aplicações das suas concessionárias que foram retidas pelo Banco Daycoval.

O grupo afirma que "após a implementação do plano, todas as concessionárias terão recursos suficientes para o pagamento de suas obrigações de curto prazo e terão geração de caixa compatível com o volume de serviço da dívida e necessidade de investimento".

Os interventores nomeados pela Aneel para a Centrais Elétricas Mato-grossense (Cemat) e a Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul) convocaram assembleias extraordinárias de acionistas para deliberar sobre o plano que será apresentado à agência reguladora. A assembleia da Enersul será no dia 23 de outubro e da Cemat no dia 24 deste mês.

Queiroz não foi localizado. Herdeiro do grupo, o empresário não vai mais à sede da companhia na cidade de São Paulo, que foi ocupada pelos interventores, e passa seus dias na sua fazenda em Bragança Paulista (SP), disse uma fonte próxima à companhia. A EEB foi fundada em 1903 no município paulista.

Algumas empresas já manifestaram interesse na aquisição das concessionárias do Rede, mas algumas só querem algumas distribuidoras e não todas. Esse é o caso da CPFL. O Valor apurou que a companhia só pretende comprar as quatro distribuidoras do interior de São Paulo: a EEB, a Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema (EEVP), a Companhia Nacional Energética (CNEE), e a Caiuá. A Companhia Força e Luz do Oeste (CFLO), do Paraná, também pode interessar à companhia.

Mas o diretor geral da Aneel, Nelson Hubner, deixou claro que não quer vender o grupo em fatias, mas toda a holding.