Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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O aumento de 46,14% na tarifa de repasse da potência de Itaipu a partir de janeiro terá impacto médio de quatro pontos percentuais nos reajustes das distribuidoras em 2015, segundo cálculos das empresas do setor. A estimativa é confirmada pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Em termos financeiros, o impacto de quase R$ 4 bilhões a mais no valor a ser pago pela energia da hidrelética no ano que vem será de quase 46% do Ebitda (lucro antes de juros,impostos, depreciação e amortização) das empresas do Sul, Sudeste e Centro Oeste, que recebem cotas de energia do empreendimento.
O reajuste aprovado na última terça-feira, 9 de dezembro, pela Aneel aumenta a tarifa de repasse de US$ 26,05/kW por mês para US$ 38,07/kW por mês. Para as distribuidoras de energia, que terão de assumir essa despesa para repassá-la aos consumidores somente no reajuste anual, existem duas possibilidades para contornar o problema em 2015: a concatenação do aumento da tarifa com a data de reajuste de cada concessionária ou a aprovação de reajustes tarifários extraordinários para as empresas cotistas.
Relator do processo, o diretor Reive Barros dos Santos confirmou que a primeira preocupação da agência reguladora ao homologar a tarifa foi com o desequilíbrio econômico financeiro de Itaipu. A usina acumulou déficit de R$ 3,946 bilhões na conta de comercialização de energia em 2014, em razão da inadimplência de distribuidoras de energia e da exposição involuntária no Mecanismo de Realocação de Energia, pela geração abaixo da garantia física. O rombo na conta tem sido coberto pela Eletrobras, que registrou em seu ultimo balanço trimestral prejuízo de R$ 2,7 bilhões.
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