Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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A Eletrobras vai aportar nos próximos dois anos US$ 100 milhões na hidrelétrica Tumarín, empreendimento de 253 MW que está sendo construído na Nicarágua em parceria com a Queiroz Galvão. Os desembolsos estão condicionados ao avanço do cronograma físico-financeiro do empreendimento. De acordo com a estatal, a parcela do aporte a ser desembolsada para o projeto até o fim de 2014 equivale a cerca de US$ 15 milhões e já estava prevista no orçamento do ano.
A usina, segundo a Eletrobras, vai gerar em média 1.184 GWh/ano, o que deverá significar cerca de 21% da demanda de eletricidade da Nicarágua em 2019, quando as obras deverão ser concluídas, bem como substituirá parte da energia elétrica da fonte térmica a óleo, contribuindo para uma matriz energética mais limpa e renovável. A Eletrobras diz que as obras devem ser iniciadas imediatamente para aproveitar o período de seca - janela hidrológica - da região. Caso isso não ocorra, o cronograma do projeto sofrerá atraso de cerca de um ano, comprometendo a rentabilidade do negócio.
"Sob o ponto de vista contratual, o início das obras é imprescindível para a manutenção da concessão para a SPE responsável pelo empreendimento", avalia a companhia. A Eletrobras diz ainda que a participação no projeto Tumarín apresenta-se como uma boa oportunidade de negócio com rentabilidade superior àquelas atualmente obtidas no Brasil. A companhia também está realizando outros projetos internacionais, como a linha de transmissão de 500 kV para aumentar a capacidade de intercâmbio elétrico entre Brasil e Uruguai, onde a Eletrobras também está concluindo a construção de um parque eólico de 65 MW em parceria com a estatal uruguaia Administracion Nacional de Usinas y Transmissiones Eléctricas.
Existem ainda, segundo a estatal, diversos estudos em curso para o desenvolvimento de usinas hidrelétricas binacionais com a Argentina - Panambi e Garabi -, além de empreendimentos e sistemas de interconexão com Peru, Bolívia e Guianas, de forma a atender a demanda crescente de energia elétrica entre os países. Na África, a empresa avalia alguns projetos hidráulicos de grande porte em parceria com empresas locais e globais, tendo em vista o relevante potencial hidrelétrico da região e a enorme carência de energia no continente.
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