Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O Governo Federal reduziu de R$ 13 para R$ 9 bilhões a destinação de recursos do orçamento para o Auxílio à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), de acordo com o relatório de avaliação de receitas e despesas do quarto bimestre divulgado pelo Ministério do Planejamento na última segunda-feira (22). E esses R$ 4 bilhões retirados da conta já têm uma nova fonte para subsidiar o setor energético: o consumidor.
Essa possibilidade foi levantada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Provavelmente vai estar passando para a tarifa e menos para transferência do governo”, avaliou ele em entrevista à Folha nesta terça-feira (23), afirmando que é normal que parte desse custo seja bancado pela tarifa.
Apesar disso, Mantega não fez previsões de quando o consumidor sentirá os efeitos desses subsídios na conta mensal de energia. “As tarifas já aumentaram”, desconversou o ministro, se referindo aos reajustes aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que passaram a vigorar pelos quatro cantos do país em agosto.
Esse valor retirado do Auxílio à Conta de Desenvolvimento Energético havia sido adicionado à previsão inicial, de R$ 9 bilhões, devido à estiagem que atingiu o país em 2014 e os custos extra causados por isso às distribuidoras de energia.
O corte de R$ 4 bilhões em subsídios é uma medida do governo para tentar cumprir a meta de superavit primário, de poupar R$ 99 bilhões durante o ano – um valor que representa 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
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