O Plano Decenal de Energia 2023, que está em consulta pública, projeta investimentos de R$ 301,1 bilhões nos segmentos de geração e transmissão. Na parte de geração, serão investidos R$ 223,1 bilhões, sendo que R$ 142,6 bilhões são em novas usinas, ainda não contratadas ou autorizadas. As hidrelétricas consumirão 38,4% do total a ser investido entre 2014 e 2023, o que representa R$ 85,6 bilhões. Já o conjunto das outras fontes renováveis, que inclui as PCHs, biomassa, eólica e solar, responderão por 52,1% do total de recursos do período ou R$ 116,3 bilhões. Os investimentos em termelétricas alcançarão R$ 21,2 bilhões, o que representa 9,5% do total.

Entre dezembro de 2013 e dezembro de 2023 serão agregados 71.087 MW, passando de 124.796 MW para 195.883 MW no período, o que significa um acréscimo de 57% na oferta de eletricidade. A região Norte eleva sua participação na expansão de projetos de geração, passando de 12% em 2013 para 23% da capacidade instalada do SIN em 2023, totalizando um incremento de 30.504 MW. Em contrapartida, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste há uma redução de 56% para 43% de sua participação na oferta total do sistema, mesmo com uma expansão prevista, em termos absolutos, de 14.003 MW para o horizonte decenal.

A expansão já contratada até 2018 totaliza 32.717 MW, sendo 18.932 MW de expansão hidrotérmica e 13.785 MW referentes a biomassa, PCH e eólica. Já a expansão hidrelétrica planejada para entrada em operação entre 2019 e 2023 soma 14.679 MW, sendo o maior projeto o da UHE São Luiz do Tapajós, de 8.040 MW, com previsão de entrada em operação em agosto de 2020. Também no Pará, a UHE Jatobá é o segundo maior empreendimento do período, com potência instalada de 2.338 MW e previsão de entrada em operação em janeiro de 2021. Ao todo, a lista conta com 18 hidrelétricas.