Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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CMSE: linhão de Roraima economizará R$ 540 milhões da CCC

Em: 12/09/2025 às 09:48h por Canal Energia

Reservatórios evoluíram dentro da normalidade no período seco e deixam sistema em situação melhor que no ano passado

A interligação do estado de Roraima com o restante do Sistema Interligado Nacional foi destacada pelo ministro Alexandre Silveira na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico realizada nesta quarta-feira, 10 de setembro. O linhão Manaus-Boa Vista foi energizado na quarta-feira com a presença do presidente da República, Lula. e o início da operação trará uma redução de custos da Conta de Consumo de Combustíveis estimada em R$ 540 milhões por ano.


O linhão possui 725 quilômetros de extensão em circuito duplo de 500 kV e proporcionará mais segurança e continuidade do fornecimento de energia aos consumidores do estado. Além disso, a redução de consumo de combustíveis fósseis na região também irá contribuir com a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.


Na reunião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico salientou que os reservatórios evoluíram dentro da normalidade ao longo do período seco. Assim o SIN está em situação melhor que no ano passado. Dessa forma, estudos até fevereiro de 2026 confirmam o pleno atendimento de energia.


Na análise de atendimento à potência do SIN, o cenário menos favorável prevê a necessidade de geração térmica adicional. Com isso, também podem ser adotadas medidas para maximizar a produção das UHEs de Itaipu e do São Francisco, entre outros recursos, para garantir a segurança do sistema.


Em nota o CMSE destacou ser importante manter a possibilidade de reduzir as defluências das UHEs de Jupiá e Porto Primavera, sempre que as condições do sistema permitirem. A medida é para preservar os reservatórios da bacia do rio Paraná, fundamentais para o atendimento eletroenergético do Brasil.


ENA acima da média em agosto apenas no Sul


Em agosto, a precipitação ficou restrita à região Sul. O destaque vai para as bacias dos rios Uruguai e Iguaçu que apresentaram totais superiores à média mensal. Nas demais bacias hidrográficas do SIN a precipitação foi inferior à média. Ademais, em relação à Energia Natural Afluente, em agosto os valores estão abaixo da média histórica nos subsistemas do SIN, exceto no Sul.


Considerando a ENA agregada do SIN, o valor é de 77% da Média de Longo Termo. Ao mesmo tempo, para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, foram verificados 71%, 104%, 44% e 69% da MLT, respectivamente.


Já em setembro, no cenário mais positivo, as previsões de ENA são 63%, 91%, 42% e 64% da MLT, para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Para o SIN, os resultados apontam para condições de afluência de 70% da MLT, sendo o 16º menor patamar para um histórico de 95 anos.


Ainda neste mês, e acordo com o cenário menos favorável, a indicação é de uma ENA abaixo da média histórica para todos os subsistemas. Dessa forma, a previsão para o Sudeste/CentroOeste, Sul, Nordeste e Norte é de 59%, 66%, 42% e 59% da MLT, respectivamente. Para o SIN, o estudo aponta condições de afluência prevista de 60% da MLT. Assim, o valor é o quinto menor para o mês de um histórico de 95 anos.


Entretanto, para o último dia de setembro, conforme estudos prospectivos apresentados, a expectativa é de 50%, 81%, 53% e 81% da Energia Armazenada máxima, considerando o cenário superior nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No cenário inferior, há a previsão de 49%, 83%, 53% e 81% da EARmáx, considerando a mesma ordem. Para o SIN, a previsão varia entre 54% e 55% da EARmáx.


Expansão de 310 MW em agosto


Além disso, a expansão em agosto de 2025 tem cerca de 310 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia. Na transmissão, a expansão ficou em 833 km de linhas de transmissão e de 650 MVA de capacidade de transformação. Assim, no ano de 2025, até agosto, a expansão totalizou 4.521 MW de capacidade instalada de geração centralizada. Na transmissão, são 2.195 km de linhas e 6.237 MVA de capacidade de transformação. Por fim, no dia 3 de setembro, entrou em operação comercial a UHE Juruena (50 MW), localizada em Campos de Júlio (MT).