Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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ONS divulga boletim e prevê queda de carga no SIN

Em: 14/07/2025 às 09:42h por Canal Solar

Comportamento está associado às temperaturas mais amenas em parte do país, explica diretor-geral do Operador

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) divulgou o boletim do PMO (Programa Mensal da Operação) referente à semana operativa de 12 a 18 de julho, indicando um cenário misto entre desaceleração e leve aumento da carga no país.

As estimativas apontam para uma redução de 1,3% na carga total do SIN (74.805 MWmed) em comparação com o mesmo período de 2024. A maior retração deve ocorrer no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por cerca de 70% da energia gerada no país, com previsão de queda de 3,4% (40.807 MWmed).

Já as demais regiões apresentam tendência de crescimento: Norte: +2,9% (7.995 MWmed); Nordeste: +1,4% (12.552 MWmed) e Sul: +0,4% (13.451 MWmed).

Segundo Marcio Rea, diretor-geral do ONS, a redução está relacionada ao clima. “O comportamento da carga está dentro do esperado para o período e associado às temperaturas mais baixas em todo o país durante o mês julho. Seguimos atentos aos diferentes cenários e o SIN está atendendo plenamente a demanda da sociedade”, disse ele.

Foto: ONS/Divulgação



Energia Natural Afluente e Energia Armazenada

O boletim também traz atualizações sobre os níveis de ENA (Energia Natural Afluente) — que representa a energia potencial gerada pela água que chega aos reservatórios — e da EAR (Energia Armazenada), que mostra o volume efetivamente retido para geração futura.

As projeções da ENA para julho indicam que todos os subsistemas devem ficar abaixo da MLT (Média de Longo Termo), exceto a região Sul, que deve atingir 113% da MLT. Os demais apresentam os seguintes índices:

  • Sudeste/Centro-Oeste: 82% da MLT;
  • Norte: 66% da MLT;
  • Nordeste: 47% da MLT.

Apesar disso, o cenário de armazenamento é mais favorável, com destaque para os subsistemas Norte, Sul e Nordeste, com 96,1%; 88,1% e 65,8% de capacidade, respectivamente.

O Sudeste/Centro-Oeste, por sua vez, apresenta a menor expectativa de armazenamento, com 64,3% da capacidade, o que chama atenção por ser a região com os principais reservatórios do país.

De acordo com o ONS, o CMO (Custo Marginal de Operação) — valor que baliza o custo de geração para atender a demanda — está previsto com o mesmo valor para as quatro regiões do SIN: R$ 215,46/MWh.