Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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“PCHs não são jabutis”, defende Abrapch

Em: 27/06/2025 às 08:50h por Canal Energia

Alessandra Torres critica o termo e destaca papel estratégico das PCHs que passou por meio do marco regulatório da eólica offshore

A presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch), Alessandra Torres, defendeu firmemente a contratação obrigatória de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) prevista no Projeto de Lei das eólicas oshore. Em entrevista ao CanalEnergia durante o Energy Summit 2025, que acontece nesta quinta-feira, 26 de junho, Alessandra rebateu as críticas que classificam essa inclusão como um “jabuti”, e ressaltou o papel das PCHs como fonte de energia limpa, firme e essencial para o país.


“É muito errado e pejorativo chamar de jabuti um tema que trata de políticas públicas e de ajustes no setor elétrico. Estamos falando de energia hidrelétrica, que é uma das melhores formas de geração que o Brasil tem”, afirmou. Segundo ela, os debates no Congresso sobre o tema foram “republicanos, abertos e transparentes”, baseados em estudos técnicos robustos que demonstram a viabilidade e necessidade de reinserção das PCHs no sistema elétrico nacional.


Sobre a participação das PCHs no projeto das eólicas oshore, Alessandra frisou que os empreendimentos oferecem energia de base firme, com geração nos horários de maior demanda, além de contribuírem para uma tarifa final mais barata ao consumidor. Ela também ressaltou a importância da previsibilidade regulatória para o setor e elogiou a atuação do Congresso ao derrubar vetos que impediam a contratação dessas usinas.


“Vimos uma declaração do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, muito acertada, por sinal, a respeito do que aconteceu no Congresso. Nós precisamos fazer, sim, o planejamento, a expansão da geração de base do sistema e isso tem que ser feito o quanto antes. O nosso setor passa por necessidade de muitos ajustes e as PCHs precisam de previsibilidade.”, apontou Alessandra.


A executiva destacou que a geração hidrelétrica vai muito além de energia. Ela envolve políticas públicas, usos múltiplos da água e segurança nacional, energética, hídrica e até alimentar. “O Congresso acertou ao reconhecer isso, e esperamos que todas as medidas aprovadas sejam efetivamente implementadas”, concluiu.