Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Um grupo de empresas e associações do setor privado comprometeu-se a acelerar investimentos em energia renovável, estabelecer parcerias com governos para agilizar metas energéticas e climáticas, e apoiar a Agenda de Ação da COP30, que acontecerá em Belém (PA). Em carta entregue à CEO da COP30, Ana Toni, durante a Semana de Ação Climática de Londres, a Aliança Global de Renováveis e outros signatários pedem ações urgentes para ampliar as energias renováveis, demonstrar progresso tangível nas metas do Balanço Global e garantir que a cúpula climática da ONU em Belém se torne um ponto de virada para implementação.
“A COP30 inaugura uma década para acelerar a implementação de todos os acordos do Balanço Global. Devemos aprender com o setor de renováveis que mostrou o caminho na última década”, afirmou Ana Toni, CEO da COP30. A carta “Mutirão: Ampliando a Energia Renovável” delineia sete ações prioritárias para os governos entregarem na COP30, incluindo um momento de liderança para avançar planos nacionais, financiamento ampliado para energia limpa em mercados emergentes, planos de investimento em redes e armazenamento, e um diálogo da ONU sobre a transição gerenciada para longe dos combustíveis fósseis.
“A implementação já está em andamento e acelerando – impulsionada em grande parte pelo setor privado”, disse Ben Backwell, presidente da Aliança Global de Renováveis. “Em todo o mundo, empresas estão entregando soluções de energia limpa em escala, provando que a transição energética não é apenas possível, mas lucrativa e em movimento.” Pesquisas recentes em várias regiões confirmam forte apoio público para ações climáticas decisivas, enquanto líderes empresariais sinalizaram sua disposição para liderar a transição energética limpa.
“O Brasil mostrou o que é possível quando há consistência política e liderança do setor privado”, destacou Elbia Gannoum, Enviada Especial para Energia da COP30, CEO da associação brasileira de energia eólica ABEEólica e Vice-Presidente do GWEC. Em 2024, o Brasil adicionou mais de 21 GW de nova capacidade renovável—18 GW solar e 3,3 GW eólica—apoiados por quase US$ 37 bilhões em investimentos em energia limpa e mais de 340.000 empregos. No entanto, desafios como congestionamento da rede, altos custos de financiamento e atrasos em licenciamentos continuam limitando o progresso.
“A COP30 é uma oportunidade vital para mostrar progresso, inspirar confiança global e acelerar a entrega por meio de uma colaboração público-privada mais forte”, afirmou Bruce Douglas, CEO da Aliança Global de Renováveis. A carta é coordenada pela Aliança Global de Renováveis, com signatários incluindo ARUP, CIP, EDP, Fortescue, Iberdola, Octopus Energy Generation, Orsted, SSE, Sunotec, entre outros, além de associações industriais como ABEEolica, ABSOLAR e o Conselho Global de Energia Eólica. O documento permanece aberto para novos signatários antes da COP30, com novas entregas planejadas para instituições internacionais e governos nacionais nos próximos meses.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental